Rádios piratas concorrem em audiência e na venda de anúncios com as rádios legais porque nem endereços fixos têm e operam livremente. Claro que um anúncio lá vai custar muito mais barato que num jornal ou emissora que possui CNPJ.
Manchetes desta semana, do G1/RJ e Folha de SP, respectivamente: “Foragidos da Justiça, 9 candidatos são presos durante prova para soldado da PM - Os postulantes tinham mandados de prisão em aberto. Um dos presos era procurado por homicídio”
“Ex-perueiro clandestino virou dono de empresa de ônibus e suspeito de aliança com PCC em SP - Conhecido como Pandora, empresário foi preso e é apontado pelo Ministério Público como integrante de esquema de lavagem de dinheiro”
Quando as empresas de transporte coletivo urbano e interurbano locais começaram enfrentar a concorrência de quem não tinha licença para praticar este tipo de serviço, muita gente as acusava de ganância, inclusive políticos que se aproveitaram para ganhar votos fazendo esse discurso demagógico. No embalo, surgiram os “carrapetas”, “perueiros” e outros.
Enganadas em sua boa fé e atraídas por preços mais convidativos as pessoas naturalmente aderem à ilegalidade. O resultado é o sucateamento ou falência de quem trabalha dentro da lei e o crescimento da criminalidade, tendo como consequência a guerra entre os ilegais.
Antes, quando ouvíamos a expressão “crime organizado”, nos lembrávamos dos filmes sobre a máfia italiana. Mas, o que era o glamour das produções hollywoodianas já era realidade nas maiores capitais do Brasil, São Paulo e Rio, se espalhando pelo país. Hoje, está nas pequenas, médias e grandes cidades, em todos os segmentos onde há muita movimentação de dinheiro e nas diversas esferas do poder.
Notícia na Globo News, terça-feira, 9, sobre concurso da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que teve nove foragidos da justiça presos ao se apresentarem para as provas. Entre eles, homicidas.
FOTO/Reprodução GloboNews
