Coluna Espírita

Deus – 3ª parte: Providência Divina

03/03/24 - 07:00

Por Aloísio Vander

Segundo os dicionários, providência é
disposição prévia dos meios necessários
para conseguir um fim, para evitar um mal
ou para remediar alguma necessidade.
A Providência Divina funciona com
os mesmos critérios, porém em escala
bsoluta. É através dela que “tudo se
ncadeia, tudo é solidário na Natureza”,
diz O Livro dos Espíritos.


No livro A Gênese, também de Allan
Kardec, nos deparamos com esta belíssima
definição: “A providência é a solicitude de
Deus para com as suas criaturas. Ele está
m toda parte, tudo vê, a tudo preside,
mesmo às coisas mais mínimas. É nisto que
onsiste a ação providencial.” Mas será que
Deus está, “pessoalmente”, em cada evento
no qual se manifesta a sua providência?
Jesus afirmou: “Meu Pai trabalha até
agora, e eu trabalho também” (João,
5:17). Como é, então, que Deus trabalha?
Recorramos mais uma vez ao Livro dos
Espíritos para obter as respostas:
“A harmonia que reina no universo
material, como no universo moral, se funda
em leis estabelecidas por Deus desde toda
a eternidade.” (Questão 616)
“Deus não exerce ação direta sobre a
matéria. Ele encontra agentes dedicados
em todos os graus da escala dos mundos.”
(Questão 536b.)


“(Os) Espíritos são uma das potências da
natureza e os instrumentos de que Deus
se serve para execução de seus desígnios
providenciais.” (Questão 87)
“O próprio homem é um instrumento de
que Deus se serve para atingir seus fins.”
(Questão 692)
“Deus tem suas leis a regerem todas as
vossas ações (...). Assim em tudo.” (Questão
964)
Finalizamos com Kardec, em sua
magistral obra “A Gênese”:
“Diante desses problemas insondáveis,
cumpre que a nossa razão se humilhe.
Deus existe: disso não poderemos
duvidar. É infinitamente justo e bom: essa
a sua essência. A tudo se estende a sua
solicitude: compreendemo-lo. Só o nosso
bem, portanto, pode ele querer, donde
se segue que devemos confiar nele: é o
essencial. Quanto ao mais, esperemos
que nos tenhamos tornado dignos de o
compreender.”

Aloísio Vander