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A soberba precede a ruína

“A soberba precede a ruína, o espírito arrogante vem antes da queda”. (Provérbios 16:18)

14/01/23 - 09:00

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Jair Bolsonaro não é o responsável pela invasão ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal.
Contrariando o seu histórico de inconstâncias, após as eleições foi tomado por um raro relampejo de inteligência emocional, ao perceber que a soberba dos opositores tem surtido efeito melhor em aguçar a população contrária que as suas palavras.
O atual governo vem agido como uma criança mimada, que tomou o brinquedo da outra e, ao invés de seguir a diante, fica ali esfregando o que pode e o que não pode fazer com ele. 
A questão é que este “brinquedo” trata-se do Brasil e a “criança ofendida” tem o mesmo tamanho e força daquela que a ofendeu. 
Parece que foi esquecido que o país está dividido ao meio e, conforme apurado nas urnas, metade da população é contraria ao governo eleito.
De maneira inconsequente, os representantes dos poderes agem com extrema soberba, sem qualquer tentativa de velar a satisfação com os resultados auferidos.
Viagens ao exterior para palestrar sobre o nosso “invejável” sistema eleitoral dias após manifestações sobre a apuração dos votos e a reivindicação não acolhida do Código Fonte das urnas eletrônicas.  
Ministros do Supremo Tribunal Federal frequentando festas promovidas nas casas dos advogados que outrora atuavam em defesa dos absorvidos.
Escrutínio ao cidadão comum com bloqueios de mídias sociais, multas arbitrarias por exercer o direito de manifestação e deboches como o “Perdeu, mané”.
O que há de errado nisso? Tudo, para quem tem o dever de zelar pela paz da nação e deve, ou pelo menos deveria, aparentar a neutralidade. Não há por determinados pares do órgão judiciário o menor cuidado sequer de PARECER a “mulher de César.” 
Quanto ao governo, a imprudência fica na ânsia voraz de emplacar a bandeira vermelha, no volume de pautas imediatas, que deveriam ser diluídas com o passar dos dias, justamente pelo inflamável momento e cenário.
Em menos de duas semanas, foi anunciado o furo do teto de gastos, o aumento de quantidade de ministérios e despesas com a máquina pública, enquanto o mundo prega a austeridade e responsabilidade orçamentaria.
Na primeira canetada, revogou-se o decreto da flexibilização do acesso dos particulares as armas.
E a medida que contrariou inclusive consideráveis apoiadores:  nomeações de pessoas de caráter e capacidade questionáveis para o alto escalão de gerenciamento do país. 
Empurrou goela abaixo da população nomes que respondem processos, dentre outros, por improbidade administrava. Outros rejeitados pelo mercado e entidades de classe, como os Mininstros da Economia e da Justiça.   
Acima de todos os critérios, prevaleceu o do leal “companheirismo” de luta política.
Os manifestantes do fatídico domingo passado, estão sendo chamados de “terroristas golpistas”. De antemão mister se faz dizer que é condenável QUALQUER manifestação que excede para a violência, seja verbal ou física, o que inclui danos ao patrimônio público ou privado. 
Houve sim a vergonhosa depredação tesouro nacional e os infratores devem pagar com o cabível rigor. Por causarem prejuízo incalculável, de cunho financeiro, historio e cultural, mas principalmente por perderem a oportunidade de coroarem com louvor aquela quer poderia ter sido a mais eficiente manifestação pacífica da nossa democracia. Fora isso, não mais.
Apesar do excesso, os “terroristas” não portavam armas, bombas, foices ou coquetéis molotovs. Não explodiram, sequestraram, mataram ou fizeram reféns.
Golpe? Contra quem? Era domingo. Além do que, todo o congresso está de recesso. Não havia nenhuma autoridade passível de golpe em Brasília. Não há crime sem o objeto que o tipifique. Depredação, perturbação da ordem e desacato sim. Golpe não!
A primeira manifestação do Sr. Presidente foi condenar os atos e ressaltar que “a esquerda nunca invadiu o congresso”. 
Mentira!
 Em 2014 o MST derrubou as barricadas do Congresso, tentou entrar no STF e quebrou a vidraça da faixada principal. Em 2016, protestantes entraram irregularmente no plenário, ocupado pelos parlamentares (diga-se de passagem) e exigiram abertamente um golpe de estado.
A incoerência, Sr. Presidente, é que certamente fica bem mais fácil invadir do que ser invadido. 
Novamente voltamos ao MST, que pior, com espingardas, facas e foices por vezes acuram famílias de civis, dentro da própria propriedade, também garantida pela constituição.
E o que resta deste horrendo episódio? 
Que não existe mais movimento pequeno e nem pacifico. A invasão do patrimônio mais importante da nação demonstra a quebra de medo e respeito quanto as arbitrariedades cometidas pelas autoridades.
E que já e hora, enquanto ainda há tempo, do governo compreender que não é mais o representante da esquerda, e sim de todos, cabendo agir com maior cuidado e democracia ao tratar das suas medidas.


 

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