Mãe de três: sem fronteiras e de coração aberto

07/05/21 - 08:39

O casal Andreza e Ricardo com os filhos Mariana, Mateus e Andressa
O casal Andreza e Ricardo com os filhos Mariana, Mateus e Andressa

Roberta Lanza

“Mariana nasceu para nós aos quatro meses, Mateus com dois dias e Andressa aos 16 anos”, contou Andreza Belo Teixeira, mãe adotiva das crianças. 

A jornada teve início há 23 anos, quando casou com Ricardo Teixeira planejando ter filhos. Após 10 anos de tentativas e tratamentos sem sucesso, o casal decidiu optar pela adoção. E foi então que, em 2007, Mariana "nasceu" para os pais com apenas quatro meses de vida. 

Mas a história não para por aí. “Estávamos no processo de adoção de uma segunda criança e veio o Mateus, em 2010, com apenas dois dias de vida. Com os corações abertos, não perdemos a oportunidade de ter mais um filho”, contou Andreza. 

Em 2018 saiu a tão esperada habilitação para a adoção de uma terceira criança, quando o casal recebeu a ligação de uma assistente social de Foz do Iguaçu (PR) com a notícia: havia uma criança de 15 anos aguardando a adoção. “Era meu filho. Não me interessava o sexo, a cor, estatura... nada mudaria minha condição de ser mãe daquela criança que sequer conhecia ainda. Só queria saber quando o buscaríamos. E quando chegamos à Foz do Iguaçu, Andressa nasceu para nós”, emocionou ao relembrar. 

A rotina familiar não difere em nada das demais. “Eles se entendem e se desentendem entre si, têm ciúmes ou não, da mesma forma que acontecia em minha família sanguínea. Mas acima de qualquer coisa são parceiros, amigos e convivem em pleno estado de amorosidade entre si”, considerou Andreza. 

Antes da maternidade, Andreza trabalhava fora, mas optou pelo home office para estar mais perto das crianças. “Há algum tempo estou em casa e sou super realizada com isso. A Mariana e o Mateus hoje me ajudam, a Andressa já está iniciando no mercado de trabalho e eu sou extremamente feliz, uma mãe realizada”, ressaltou. 

Indagada sobre o sentimento que surge com o Dia das Mães, Andreza foi enfática. “Para mim todo dia é Dia das Mães. A data, em si, é importante para se lembrar disso. O carinho e os cuidados são diários e constantes”, ponderou Andreza. 

A adoção é legal e incentivada quando a mãe procura algum órgão a fim, esclarecendo não ter condições ou intenções de ficar com a criança. 

“Muita gente confunde adoção com caridade. Adoção não é caridade, é um amor sem limites, com a mesma intensidade de um amor com laços biológicos. A maternidade não tem nada a ver com a gestação”, finalizou.

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