Por Eduardo Libânio
Nascido na rua da Bahia em Belo Horizonte, Mauricio era um sete-lagoano de coração. Em Sete Lagoas, ele passava suas férias nas casas e fazendas de sua família materna. Filho de Gerson Libânio e Ruth Campolina Libânio, teve quatro irmãos: Marcilio, Maria Inês, Sergio e Eduardo (Dudu) Libânio, sendo que o primeiro, já falecido, morava em Sete Lagoas e o ultimo ainda vive na cidade.
Em Belo Horizonte, Mauricio fez o ginásio no Colégio Estadual Central e se formou na faculdade de Filosofia, da UFMG. Quando estudante, Mauricio iniciou suas atividades políticas como membro da Ação Popular, contra a ditadura militar, e foi um dos diretores da União Municipal dos Estudantes. Como cristão, fez parte da Juventude Estudantil Católica. De seu primeiro casamento, Mauricio teve três filhos Clarice, Gilberto e Fernando. Do seu segundo casamento, deixa a viúva Margareth e três filhos: Ariadna, André e Andersom, que vivem em Sete Lagoas.
Durante alguns anos, Mauricio decidiu morar em Uberlândia, onde abriu o primeiro barzinho de batidas da cidade, o “Batidão”. De volta a Belo Horizonte, Mauricio participou da campanha e foi o principal assessor na Câmara Municipal de seu primo e amigo, Arthur Vianna. Anos depois, continuou sua atividade na mesma Câmara Municipal de Belo Horizonte como assessor da vereadora Silvia Helena. Foi assessor também do prefeito de Ipatinga Chico Ferramenta. Ele era considerado o maior especialista em regularização fundiária, tanto em Belo Horizonte como em Sete Lagoas, onde também assessorou o vereador Caio Valace. Para ele, o importante era fazer o "lobby" dos pobres e ajudar quem precisa de um terreno ou uma cara para morar. Mauricio participava de vários grupos políticos, tendo sido um dos fundadores do Partido Socialista Brasileiro em Belo Horizonte. No seu grupo de numerosos amigos, a "Turma do SerVbem", Mauricio era conhecido pelo seu apelido, Abdalla.
Abdalla ou Mauricio, deixa muitas saudades, mas deixa também um legado que pode ser encontrado nas numerosas pessoas que ele ajudou a conquistar um lugar para viver. Pessoa simples e amável, Mauricio tinha o dom de conquistar amigos, mas era intransigente na defesa dos direitos humanos.
Por Eduardo Libânio
