por Padre Warlem Dias
Em 04/08, celebramos o dia dedicado aos “padres.” Vivemos uma mudança de época e paramos numa época de mudanças. José Comblin (+2011) nos advertia em 1997, a Igreja anda atrasada, agora, é preciso marcar tudo do padre aniversários natalício e ordenação. Caminhando na história, de 2009-2010 celebramos “O Ano Sacerdotal”, com Bento XVI. Tudo muito restaurador.
Estamos aí e por aqui, por todos lados, no altar à profecia, nas mídias e redes, nas periferias geográficas e existenciais anunciando o Evangelho do Reino, com as surpresas do movimento de Jesus a nos encantar e desafiar a cotidianamente.
No domingo 17º do tempo comum, JESUS pede para “desviar os olhos dele e olhar para as multidões famintas” e superar o mar de Tiberíades, que quer e devorar todos! A solução está em nosso meio,
um menino com cindo pães mirados. O sinal da partilha.
Então, na Igreja existe muitos degraus, é preciso que seja uma comunidade de irmãos e irmãs. Na Igreja é tudo certinho. Precisa ter lugar e voz os fora da norma.
Quando olhamos nossas assembleias são muito branquinhas, precisamos tingir com os pretos e pretas. Padres negros são raros! Os deficientes auditivos, visuais que lugar tem eles no presbitério? As pessoas com necessidades especiais sentem excluídas em nossas comunidades! Os homoafetivos não há lugar para eles. No presbitério? A Igreja está cheia deles, e se faz com eles. Já passou da hora da Igreja
assumir seu rosto homoafetivo! Sem contar as mulheres que são excluídas do ministério. A quem interessa tudo isso? Ao patriarcado e colonialista do Deus Pai, que exclui e mata.
Nas contrições da Bahia de 1707, fez um modelo pastoral para toda essa terra. Negro não podia aspirar ao altar, era considerado raça infecta e libidinoso. Visão continua adormecida em nós.
O medo de ser chamada “meretriz” faz com que a Igreja estivesse longe das margens.
Todos os pecados estão ligado ao sexo! Visto como sujo, conceito judaico, razão do celibato eclesiástico.
Senhor, somos uns e outros ajude nos, nesta travessia a viver essa pluralidade eclesiológica, ai e aqui na graça batismal.