O maior problema que o futuro prefeito Douglas Melo terá pela frente é a segurança. Não só ele, em Sete Lagoas, mas todos os prefeitos do Brasil. Impressionante como a violência está crescendo nas grandes, médias e pequenas cidades, inclusive nas roças, lugarejos e arraiais.
A origem da criminalidade em nosso país está, na maioria absoluta dos casos, no consumo e tráfico de drogas. À medida que o consumo aumenta a guerra do tráfico pelo controle dos pontos de comercialização também aumenta.
Num país de extensão territorial como o Brasil, com tantas fronteiras terrestres e marítimas, deveria haver atenção total na fiscalização e repressão na entrada de coisas e pessoas ilegais, especialmente drogas e armas.
Mas o que se vê é uma enorme e estranha omissão das autoridades responsáveis por este assunto no país, há décadas. Entra governo, sai governo e é a mesma coisa. Importante frisar que: governo federal e governos estaduais, igualmente omissos e incompetentes, para não dizer coisa pior.
Um simples exemplo: se você dirige pelas estradas do país, quantas vezes já foi parado pela fiscalização da Polícia Rodoviária Federal ou Estadual para uma vistoria se você transporta algum tipo de droga ou arma?
A experiência geral é que nas raras vezes que algum condutor é parado, a autoridade policial confere se o IPVA está pago. Se sim, boa viagem! Se não, está ferrado!
De vez em quando a imprensa informa que em determinado lugar do Brasil foram apreendidas tantas toneladas de maconha ou cocaína. Fotos e vídeos da carga são mostrados, com agentes policiais e suas insígnias bem à mostra.
Normalmente ações motivadas por denúncias anônimas. E ficam algumas perguntas: com tanta tecnologia ultra avançada à disposição por que não há uma fiscalização intensa, diária, durante o ano
inteiro em todas as rodovias e fronteiras do país? Por que os efetivos policiais, federais e estaduais para este tipo de operação são tão pequenos? Por que não se investe pesado em equipamentos que detectam, por aproximação, drogas e armas de todos os tipos? Por que as tropas do Exército, Marinha e Aeronáutica, ao invés de ficarem treinando nos quartéis, não são empregadas nessa fiscalização de fronteiras e estradas?
Por que a nossa legislação oferece tantas benesses a traficantes e consumidores de drogas?
Enquanto os homens que têm o poder e o dever de agir não cumprirem o seu papel, os prefeitos e os seus respectivos cidadãos e cidadãs vão sofrer cada dia mais.