por Ana Flávia Soares Advogada Especialista em Planejamento Familiar e Sucessório
Historicamente, as mulheres sempre foram excluídas do processo democrático, privadas de participar das decisões que moldavam a sociedade. O direito ao voto, foi conquistado ao longo século XX, mais precisamente em 1932 com a promulgação do primeiro Código Eleitoral do Brasil, marco simbólico da história feminina na política.
Hoje, as mulheres são a maioria do eleitorado brasileiro, representam 53% das mais de 155 milhões de pessoas aptas para votar. Além disso, elas se destacam por comparecer em maior número às urnas, com uma participação de 80% nas eleições de 2022, em comparação aos 78% dos homens, tornado o voto feminino decisivo nas eleições.
A participação feminina no processo eleitoral é fundamental para o fortalecimento da democracia, garantindo que as políticas públicas refitam verdadeiramente a diversidade da sociedade.
No entanto, essa participação vai além do ato de votar. Ela reflete a luta por direitos civis e sociais mais amplos, como o acesso à educação, ao mercado de trabalho e à igualdade perante a lei.
Quando as mulheres votam, elas têm o poder de eleger representantes que defendam seus interesses e promovam políticas públicas que atendam às suas necessidades específicas, como saúde reprodutiva, licença-maternidade, combate à violência doméstica e igualdade salarial, isso porque a participação feminina através do voto, tem o poder de diversificar o processo de tomada de decisão, proporcionando políticas públicas mais inclusivas e equilibradas.
O voto feminino não é apenas um direito, mas uma ferramenta poderosa de transformação social. Cada voto depositado por uma mulher é uma afirmação de sua autonomia, uma reivindicação de espaço e uma demanda por um futuro mais justo e igualitário. A continuidade da mobilização feminina é essencial para que essas conquistas se expandam e consolidem, assegurando que as vozes das mulheres sejam ouvidas e respeitadas em todas as esferas políticas e da sociedade.
O voto feminino não apenas molda o presente, mas também traça os contornos do futuro! Não deixe de exercer seu direito nas próximas eleições.
Por Ana Flávia Soares.