Por Aloísio Vander
Jesus é o Divino Terapeuta das nossas almas. O dia em que nos entregarmos de fato aos seus cuidados as dúvidas, as vacilações, as angústias, a depressão, a inveja, ciúme e tantos outros monstros devoradores da nossa paz darão lugar ao sol aconchegante da fé viva, que se sustenta na adesão definitiva ao Bem.
O Evangelho é o maior testemunho da dedicação de Jesus ao tratamento das almas em desalinho. Todos aqueles que se aproximaram dele decididos a se tratarem encontraram a cura definitiva.
Zaqueu, chefe dos publicanos, homem a princípio dominado pela avidez de reunir vasta fortuna material em detrimento de seus semelhantes, ao conhecer Jesus transformou-se, doando metade de sua fortuna aos pobres e indenizando em quádruplo os que haviam sido lesados por sua cobiça.
Maria de Magdala, que havia se entregado à vida desregrada, ao contato do Divino Amigo, distribuiu seus bens aos pobres, para segui-lo na condição de discípula humílima.
Nicodemos, que se julgava “mestre em Israel”, na condição de profundo conhecedor das questões espirituais, foi confundido por Jesus, quando este lhe fez indagações acerca da reencarnação, ajudando-o a desfazer-se de sua larga vaidade intelectual.
Simão Pedro, que trazia o estigma da vacilação, foi trabalhado pelo Celeste Rabi com a paciência de um escultor, até ao ponto em que Simão fosse capaz de assumir com “intrepidez” a liderança do movimento cristão nascente.
E até Judas, que naquela oportunidade reencarnatória não conseguiu desvencilhar-se dos cipoais do orgulho e da prepotência, recebeu do Senhor constante dedicação. Até no momento extremo de seu desequilíbrio, que culminou na traição, o Mestre se dirigiu a ele sob o designativo de amigo. E, revelou-nos Humberto de Campos que, logo após a ressurreição, Jesus se dirigiu, pessoalmente, às regiões sombrias do plano espiritual a fim de resgatar o discípulo infeliz.
É com esse zelo que Jesus continua a cuidar de nós. Ele nos conhece pessoalmente a cada um. E, como nenhum outro, é capaz de nos curar. O que é que estamos esperando, retardando a nossa libertação?