Por Sétima Arte
Sete Dias Indica
O Inocente - Tinha tudo para ser perfeito
Wellberty Hollyvier D’Beckher*
Em uma noite de bebedeira e festa, acontece uma briga e Mateo (Mario Casas) tenta separar uma briga e acaba matando um rapaz. Ele passa quatro anos preso e depois que sai reconstrói a sua vida, se casa, abre um escritório de advocacia e tudo vai bem, até que sua esposa Olivia (Aura Garrido) recebe uma ligação e faz uma viagem a trabalho, mas isso é só o começo de um turbilhão que está por vir. Isso só no primeiro episódio.No segundo episódio, que parece ser uma outra série, somos apresentados a uma investigadora de polícia, Lorena (Alexandra Jiménez) chamada a um convento para solucionar o suicídio de uma freira, Emma (Juana Acosta), no decorrer do episódio conhecemos mais sobre a freira e a investigadora. Mas o que Mateo tem a ver com tudo isso? Os dois mundos se chocam no terceiro episódio.
Aí vemos que nem tudo é o que parece, todos têm um passado sombrio, prostituição drogas, violência e assassinatos, que dão a tônica da série, que é feita para que a gente fique grudado na frente da TV. A série não te dá um respiro, se você piscar pode perder algo importante.
Trailer:
E não é só isso, a série tenta a todo momento surpreender o expectador com reviravoltas mirabolantes, e são muitas, mas tantas que no final nada é surpresa para o expectador, ela já está preparada para a reviravolta, que acaba não sendo uma mudança de história, mas uma forma de manter o expectador atento.
A série tem pedigree, é baseada em um livro de Harlan Coben e dirigida por Oriol Paulo, dois mestres do suspense. Quando digo que ela tinha tudo para ser perfeita, não é eufemismo. Algumas reviravoltas a menos, menos violência gráfica e mais respeito à inteligência do expectador, e teríamos uma ótima série de suspense, não que ela seja ruim, não é, mas é bem esquecível. O elenco dá um show, todos estão bem, a química entre eles é fantástica e a doação aos personagens é enorme. A direção é competente e cria bons momentos de suspense. A série só peca mesmo é no seu roteiro rocambolesco e confuso, que abusa de clichês e saídas fáceis.
O Inocente pode ser visto na Netflix. Nota 7,5\10
Wellberty Hollyvier D’Beckher é formado em artes cênicas pela UFMG, pela faculdade do Rio de Janeiro em crítica e análise de filmes, além de cinéfilo desde os dez anos de idade.
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