Sem Reserva - O teste do palco

22/12/21 - 09:55

Mesa Diretora da Câmara Municipal de Sete Lagoas. Foto: Marcelo Paiva (Assessoria)
Mesa Diretora da Câmara Municipal de Sete Lagoas. Foto: Marcelo Paiva (Assessoria)

Após a liberação de público em reuniões plenárias da Câmara Municipal, o primeiro teste mais pesado para os atuais vereadores foi nesta terça-feira, 21. Com projetos de grande interesse público na pauta, o plenário ficou lotado e, como de praxe, muitos parlamentares aproveitaram para fazer declarações exaltadas em busca de aplausos.

MOTIVOS DA LOTAÇÃO
Os projetos em pauta que provocaram a lotação do plenário foram:  o rateio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) entre os servidores da Educação e também de uma proposta em que o Ministério Público recomenda a readequação do Mercado Municipal. O primeiro foi aprovado e o segundo foi retirado de pauta para mais estudos e realização de audiência pública.

TRAGÉDIA POLÍTICA ANUNCIADA
A política de Sete Lagoas fecha 2021 com uma péssima perspectiva para a eleição do próximo ano. A sonhada união em prol da eleição de deputados da cidade deve, mais uma vez, naufragar. Vários políticos, com mandato ou não, já revelaram interesse em disputar os cargos de deputado estadual e federal. Historicamente, a pulverização de votos provoca frustrações e deixa a cidade órfã desses representantes.

MUDANÇA NA MESA
O vereador Gilson Liboreiro (Solidariedade) renunciou ao cargo de 1º vice-presidente da Câmara. A função agora é do vereador Eraldo da Saúde (Patri), que foi candidato único para ocupar o cargo.

MUDANÇA NO CÓDIGO
A Câmara Municipal iniciou debate de proposta do Executivo para atualizar o código de obras de Sete Lagoas, que data de 1968.  Na semana passada, audiência pública foi realizada e contou com boa presença de empreiteiros, construtores e interessados no tema. Uma das principais mudanças propostas é em relação ao alvará de construção, que hoje tem validade de apenas oito meses, período no qual o empreendedor deve concluir a obra. No novo texto a previsão é de que o alvará tenha um prazo mais longo de validade, de quatro anos.

BAIRROS POPULARES
Empresário do ramo de construção civil, Rogério Avelar chamou a atenção para moradias de baixa renda. O engenheiro constrói casas que são vendidas por aproximadamente R$ 140 mil. “Com o novo código, que limita o número de casas por lote, vai encarecer o custo e pular para algo em torno de R$ 155 mil. Sugiro que sejam criados bairros de interesse social”, sugeriu.

SEM PRESSA
Diante das várias observações e sugestões que foram colocadas, o presidente da Comissão de Legislação e Justiça, vereador Caio Valace (Podemos), optou pela realização de uma nova rodada de conversas até que uma proposta que atenda às expectativas de todos os envolvidos seja formatada. “Nunca iremos colocar uma matéria nesta Casa em forma de afogadilho. É importante que a população participe e que tenha responsabilidade social, somos apenas instrumento no processo”, afirmou Valace.