Editorial - A inexplicável rotatória da Av. Castelo Branco

19/06/21 - 10:42

Sete Lagoas é pródiga em obras e intervenções públicas misteriosas, cujos beneficiários ficam ocultos, quando o correto seria a coletividade toda se beneficiar, já que se trata de coisa pública. Ao longo da história, praça já se tornou posto de gasolina, ruas deixaram de existir para que indústrias e comércios pudessem ter seus espaços físicos ampliados, e até lagoas já tiveram pedaços transformados em lotes e residências particulares. Um espanto!

Algumas dessas intervenções públicas passaram pela Câmara Municipal, em votações quase que secretas, aprovadas nos tempos em que o prefeito de plantão mandava e desmandava no legislativo local e aprovava o que queria.

Diariamente a redação do SETE DIAS recebe questionamentos sobre muitos temas estranhos. Atualmente o assunto mais demandado é sobre a Avenida Castelo Branco e principalmente a rotatória que foi instalada nela, na chegada ao trevo da BR-040. Essa avenida é a principal via de acesso à cidade, construída quando Sete Lagoas tinha em torno de 60 mil habitantes. Hoje, somos quase 250 mil e a mesma avenida, apertada, lotada de comércio e indústria de ambos os lados, tráfego gigante, mal cuidada, feia e perigosa. Nenhum prefeito fez nada para melhorá-la, nem pensou em novas alternativas de acesso, para diminuir o problema.

O atual, esboçou alguma coisa ano passado, mas foi no período pré-eleitoral. Passada a eleição, o que se viu foi uma rotatória inexplicável, que piorou o trânsito e tem causado acidentes, envolvendo principalmente carretas e caminhões. Já já poderemos ter uma tragédia nos moldes do famigerado Anel Rodoviário de Belo Horizonte. Sem falar nos blocos de concreto instalados no canteiro central, que mais parecem marcadores de túmulos, que continuam lá, em obra sem conclusão, piorando a situação.

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