Nossa Gente - Filantropo, comerciante e agora engenheiro

Confira entrevista com o engenheiro civil Eduardo Fonseca

23/06/21 - 15:47

O sete-lagoano Eduardo Fonseca
O sete-lagoano Eduardo Fonseca

Celso Martinelli

Eduardo Fonseca Rios (48 anos), o “Du da Felt Elétrica” e depois o “Du da ABC da Construção”, agora é Engenheiro Civil. Com a pandemia, o então comerciante decidiu mudar os rumos de sua trajetória profissional. Formado em Administração e Engenharia Civil na Unifemm em 2015, fez sociedade com o professor e também engenheiro Luciano Saraiva. 

“Pude ver claramente o que já havia testemunhado em anos de comércio, só que agora do outro lado do balcão: o melhor negócio nem sempre é o mais barato e nem o mais caro, e sim, aquele no qual você confia nas pessoas, onde mesmo perante os problemas inevitáveis, você terá uma empresa competente e tecnicamente capaz de resolver qualquer dificuldade ou inconformidade. Ter experiência, um laboratório próprio para testes e conhecimento acerca dos produtos que são utilizados foi uma união importante para nossa empresa”, conta o mais novo profissional do mercado regional da construção. Sempre atuante em ações filantrópicas, seu espírito caridoso continua o mesmo.

Onde nasceu, quais suas origens e lembranças da infância e juventude?
Nasci em Sete Lagoas, na rua Ângelo de Quadros, atrás da Câmara Municipal. Depois fui para o Progresso brincar nas ruas de cascalho do bairro. Foi uma infância de muitas aventuras entre cinco irmãos.

Como é sua relação com a cidade, concilia trabalho e a aproveita com seus atrativos?
Eu nasci aqui e sempre gostei daqui. A convite de meus primos demos início a Felt Elétrica, onde tivemos grandes profissionais e, com muito orgulho, fizemos dela uma grande empresa. Aqui também nasceu minha filha, Clarinha. Sempre procurei participar e colaborar de alguma forma com a cidade. Já passei pelo Rotary, CDL, vários conselhos da PMSL, na creche Hoasis e tive a oportunidade de trazer a ideia das academias ao ar livre há mais de 10 anos, entre outras ações por aí. Agora sou Carmelita Secular e estou junto com a Associação dos Ciclistas que está sendo fundada. Assim, acho que poderei colaborar de alguma forma.

Conte um pouco de sua trajetória profissional e mudanças pessoais em plena pandemia.
Chegado fim de 2020, em plena crise e com mundo voltado às questões da pandemia, era hora de decidir. Ou seguir no comércio, que há 20 anos era o que fazia, ou buscar outro caminho, o da Engenharia Civil. Neste último caso, outra decisão difícil seria entre a carreira solo de Engenheiro, um caminho um pouco mais demorado, mas possível, ou uma parceria. Foi assim que, em conversa com o meu amigo e professor Luciano Saraiva, fizemos uma parceria e aqui estamos no mundo das construções. Um mercado um tanto difícil, por tamanhas versatilidades, variedades e formas construtivas, nas ofertas e consequentemente com preços bastantes diferenciados.
Em tempos de pandemia, as casas, onde agora ficamos e ficaremos por mais tempo, passaram a ter mais valor agregado do que o carro e a rua. As pessoas querem mais conforto e maior segurança em todos os aspectos e a busca por moradias que ofertam isso se ampliou. Aumentaram os negócios e com eles as oportunidades de fazer melhor enquanto profissionais e ser valorizados por isso. Ainda passamos por uma incerteza quanto às constantes variações de preços e desabastecimento de mercadorias, mas acredito que ainda este ano haverá um equilíbrio e também nesses aspectos teremos um ambiente mais favorável à construção civil. Vivemos uma boa fase, considerando o período complicado que o mundo passa, porém acredito que ainda teremos tempos melhores e mais seguros economicamente também, cabe aos chefes de poder e grandes gestores deixarem um pouco a "política" de lado e passar a governar com o intuito de cuidar das pessoas. Eu diria: olho no olho, gente por gente!

Qual lugar que mais gosta na cidade? Por quê?
Sete Lagoas tem muitos lugares bacanas. Poderia falar da Serra Santa Helena, da Lagoa Boa Vista ou das várias trilhas e estradas que ando por aí de bike. Mas onde me sinto melhor e que me traz a maior paz de todas é, sem dúvida, o Convento Carmewlo, onde aprendi o que é liberdade ao conhecer o verdadeiro sentido de uma clausura, onde o amor é puro e verdadeiro. Sou grato a tudo e todos que passaram por mim. 

O que você acha que Sete Lagoas mais precisa?
De menos politicagem e mais políticos que realmente representem a sociedade e principalmente os pobres. Temos uma boa gente e precisamos somente de uma sociedade mais amorosa, que não fique olhando somente o umbigo, mas, sim, ao próximo, independente das circunstâncias. A paz!

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