Fotografia como meio de transformação social

Projeto Retratar, que começou durante a pandemia, em setembro de 2020, é realizado dentro do Centro Socioeducativo de Sete Lagoas

07/07/21 - 13:00

Parte dos participantes do Projeto Retratar, em Sete Lagoas. Foto: Renata Ataíde (Coletivo Interiorizar)
Parte dos participantes do Projeto Retratar, em Sete Lagoas. Foto: Renata Ataíde (Coletivo Interiorizar)

Bruna Aguiar

Na semana passada ocorreu a certificação de 12 jovens no Centro Socioeducativo pelo projeto Retratar. O programa desenvolvido pela fotógrafa Renata Ataide trabalha a fotografia como instrumento de transformação social. Durante três meses, são trabalhados princípios da fotografia para que os acautelados pelo Estado ganhem uma nova perspectiva não só para um novo trabalho mas também para o dia a dia. “Trabalhamos virtudes como paciência e observação durante as práticas para que eles comecem a enxergar a riqueza que existe em simples coisas.“ conta Renata.

A oficina começou durante a pandemia, em setembro de 2020. Nesta semana, mais duas turmas foram certificadas. Durante a oficina, todo tipo de mídia é trabalhado com eles. Renata enfatiza que apresenta filmes, documentários, revistas, livros de grandes fotógrafos brasileiros para que eles se aprofundem naquele universo e tomem gosto pela arte.

“O projeto Retratar dá a esses adolescentes oportunidades de amplitude de vivências, experiências que eles jamais tiveram na vida, dessa forma eles conseguem ressignificar o caminho deles, fazer uma história diferente”, explica Pedro Ruano, diretor do CSE de Sete Lagoas.

Durante a oficina, os alunos aprendem sobre luz, cor, composição e os processos que vão desde o fotografar até a seleção das fotos. O projeto resultou em uma mostra de 26 fotografias que ficará exposta no Centro Socioeducativo. 

“Fotógrafos, geralmente, são pessoas curiosas, interessadas e é este interesse pela vida, pelas pessoas, histórias que procuro despertar. Eu acredito no poder que a fotografia tem de ressignificar o olhar, de despertar bons sentimentos, de promover o autoconhecimento, de transformar!”, finaliza Renata. 

A mudança é sentida pelos próprios adolescentes. “O curso nos dá mais uma oportunidade e um outro olhar sobre todas as coisas.”, conclui M.G. 19 anos, "cada foto tem uma história e a gente muda muito a maneira de enxergar as coisas na vida." afirma L.C., 18 anos, ambos jovens acautelados na instituição.

Cezar Tameirão, diretor da Dedetizar, também participou da tarde de certificação no CSE. O empresário esteve presente na cerimônia para convidar a oficina Retratar para participar do Calendário 2022. Desta vez, o empresário decidiu abraçar o projeto social e dar visibilidade às fotografias produzidas pelos adolescentes. “Apoio a fotografia porque acredito no seu potencial transformador e na geração de pertencimento na vida desses jovens em poder acreditar que são capazes de se integrar à arte. Precisamos contribuir para uma sociedade melhor e mais sensível.” conta Tameirão.

A Oficina Retratar é um projeto social que se mantém com o apoio de voluntários, amigos e empresas que acreditam na nossa proposta de socialização através da arte. Para conhecer mais sobre o projeto acesse o instagram @oficina.retratar

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