Três fatos; três comentários

29/07/22 - 14:00

Dois locais, duas esperanças; um nacional e uma desilusão. Os locais se referem ao Democrata, que poderá retornar à primeira divisão do futebol mineiro neste sábado; e a entrevista do vice-prefeito Eurinho Andrade, a esta edição do SETE DIAS, falando do sonho dele e de quase todo sete-lagoano de ver a cidade explorando devidamente o seu potencial turístico. O nacional é o de sempre, quando se fala de justiça no Brasil: a impunidade.

Ainda dá tempo de comprar ingresso e ir à Arena do Jacaré, para torcer pelo Democrata, às 16 horas, amanhã, contra o Boa. Uma vitória garante o retorno do clube, de 108 anos de existência, à primeira divisão do futebol mineiro. A última vez em que o Jacaré esteve lá foi em 2005. Mas, independentemente deste retorno ou não, a diretoria, comissão técnica e os jogadores, merecem o apIauso de toda a cidade pelo que fizeram até agora. Principalmente a diretoria, que pela seriedade e transparência, tem conseguido importantes apoios. Primeiro, para salvar o clube da extinção;  depois para fazê-lo chegar aonde chegou neste campeonato. Hoje, pode-se dizer que o Jacaré não morre mais. Foi salvo, por sucessivas diretorias sérias, a partir de Felisberto Nogueira, passando por Flávio Reis, Emilio de Vasconcelos, até chegar a Renato Paiva, que além de ter participado das diretorias anteriores, tem  sido o responsável pelo grande salto que o Democrata está dando. Dívidas e mais dívidas quitadas, cadastros limpos, austeridade, transparência e crédito recuperado.

Ex-vereador, atual vice-prefeito, o médico pediatra Eurinho Andrade sempre sonhou ver o turismo como alternativa de desenvolvimento econômico para Sete Lagoas, que cometeu erro grave de depender exclusivamente na indústria do gusa a partir dos anos 1970. Vale a pena ler a entrevista dele ao Celso Martineli nesta edição. Integrante da banda boa da política regional, torcemos pelo sucesso dele em seus projetos e pretensões de nos representar em Brasília.

Nas duas últimas semanas a impunidade em que vive a sociedade brasileira escancarou as suas consequências. Em Contagem um policial militar executou com três tiros, à queima roupa, um homem desarmado, diante de dezenas de pessoas e de câmeras de celular filmando. A PM soltou notas que não justificam a ação da forma como ocorreu.

Terça-feira, em um viaduto  no centro de Belo Horizonte, depois de entrevero no trânsito, o Delegado da Polícia Civil desceu do seu carro,  atirou e matou o motorista de um caminhão/reboque. Nenhum argumento justifica um ato desses, principalmente por parte de agentes do estado, treinados para todo tipo de situação e pagos para proteger os cidadãos.