Ano de mudanças e que Sete Lagoas se inspire

07/01/22 - 16:19

Uma das composições da Mesa Diretora da Câmara Municipal. Foto: Arquivo Ascom
Uma das composições da Mesa Diretora da Câmara Municipal. Foto: Arquivo Ascom

O ano de 2022 começa sob a perspectiva dos embates políticos que teremos em função das eleições, em que teremos a oportunidade de trocar ou manter governadores e o presidente da república. 

Tão importante quanto, ou até mais, a mesma oportunidade em relação aos deputados estaduais, federais e senadores. São os parlamentares que fazem e mexem nas leis, garantem ou não a tal “governabilidade” e têm poderes constitucionais até para remover da cadeira, o presidente e os governadores.

Os parlamentos são fundamentais, em todos os níveis. Nos municípios, têm um significado até maior para a vida dos cidadãos e cidadãs, já que é o nosso dia a dia, o nosso ir e vir, e a nossa qualidade de vida que estão em jogo. Quando temos um bom gerente à frente do executivo local, tudo fica melhor para todos. Onde há transparência no uso do dinheiro gerado pelos nossos impostos, melhor ainda. É tanto dinheiro que se arrecada, que, administrado corretamente, dá para se fazer tudo o que a cidade necessita. Sete Lagoas é uma das cidades que mais arrecadam no estado.

Por outro lado, o poder executivo municipal é muito forte nas manobras políticas e em grande parte das cidades consegue ter maioria dos vereadores a seu favor nas Câmaras. Em algumas, há um verdadeiro “massacre” à oposição. Caso de Sete Lagoas.

Felizmente, neste contexto, a cidadania entrou em ação e está atuando de forma competente em duas frentes: o Observatório Social e a Associação Comercial e Industrial – ACI. O Observatório existe em quase todo o país desde 2006 e foi instalado aqui em 2017, composto por pessoas “comuns” e lideranças comunitárias, que, baseadas em números oficiais, fiscalizam os poderes públicos. A nossa ACI vai completar 86 anos, amanhã, sábado, e se modernizou nas suas últimas gestões, quando deixou de ser apenas uma entidade defensora dos interesses dos guseiros e outros grandes grupos, para abraçar a todas as  categorias empresariais e participar mais ativamente dos interesses gerais da cidade. E está funcionando  muito bem. Tanto que o seu atual presidente, José Roberto da Silva, está tendo sérias dificuldades em conseguir fazer uso da palavra numa das  reuniões ordinárias da Câmara Municipal, na “Tribuna do Povo”, espaço em que cidadãos e entidades têm, teoricamente, o direito de se manifestar durante 10 minutos. Pediu, via ofício, para falar no dia 14 de dezembro, mas foi passado para o dia 21. Chegando lá, acredite, deu com a cara na porta, junto com mais cinco empresários, também diretores da ACI. Foram informados, só naquele momento, que a reunião tinha sido cancelada e em função do recesso que se iniciaria, só poderia usar a Tribuna na última reunião de fevereiro de 2022.

Mas a democracia é assim mesmo, com suas idas e vindas. Tudo isso faz parte, dentro do funcionamento pleno das instituições. Claro que é preciso haver respeito às pessoas e às entidades, especialmente quando se fala de uma “casa do povo”, mas às vezes ocorrem falhas e descortesias como essa.

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