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10 minutos sobre o “Setembro Amarelo” e o combate ao suicídio, com a psicóloga Maria Tereza Abreu

18/09/21 - 15:52

Juninho Sinonô entrevista Maria Tereza Abreu
Juninho Sinonô entrevista Maria Tereza Abreu

Por

Juninho Sinonô

Dra, nos fale sobre o “Setembro Amarelo”. O “Setembro Amarelo” foi criado aqui no Brasil, através do CVB (Centro de Valorização da Vida), junto com o Conselho Federal de Medicina e Associação Brasileira de Psiquiatria, já tendo o dia dez de setembro como o Dia Internacional do Combate e Prevenção ao Suicídio pela Organização Mundial de Saúde. No Brasil, colocou-se o “Setembro Amarelo” para podermos também discutirmos sobre isso, sobre um problema grave, de saúde pública e que é muito pouco falado. Tem muito tabu e estigmas por trás da pessoa que atenta contra a própria vida e até mesmo quando causa em si mesma o suicídio.

Qual é a dimensão da quantidade de suicídios? Para se ter um mês dedicado à prevenção de um ato, imagino que o número de tentativas deve ser grande. Sim, Júnior. O suicídio no Brasil acontece como a segunda maior causa de mortes no país. Só não mata mais do que acidente automobilístico entre os jovens. O suicídio mata mais que câncer e Aids, para você ter uma ideia. E não é falado. Porque não se é falado? A gente fica pensando porque não se fala de algo que é tão grave? Assim como também não se falava do câncer, assim como não se falava de doenças sexualmente transmissíveis, assim como não se fala dos transtornos mentais, porque a pessoa tem o estigma da loucura. É uma questão muito cultural e que hoje, dentro dessa possibilidade de um mês inteiro dedicado à prevenção e o combate ao suicídio, é o que nos dá essa condição de estar vindo falar, usando os meios de comunicação, usando uma forma de levar até a população conhecimento sobre o que é transtorno mental.

Quais são as causas do suicídio? O suicídio é o que a gente chama de causas multifatoriais. São muitos fatores, que atingem de crianças aos idosos. Vamos colocar um pouco das causas de suicídio em cada lugar. Nas crianças: depressão e ansiedade, que são os transtornos que a gente chama de transtornos psiquiátricos de base e que leva a criança a ficar super triste, pelos cantos, sem o reconhecimento dos país daquela situação. Tem acontecido muito a questão do bullying nas escolas. Acontecendo também através dos celulares por elas serem desafiadas. Aconteceu isso na época do episódio da baleia azul. Hoje as crianças recebem estímulos para poder entrar numa de fazer alguma coisa para poder vencer e ser melhor do que o outro. Dentro da área infantil tem como base sim os transtornos psiquiátricos, mas também um monte de outros fatores. Violência doméstica, que é um dos grandes fatores. A internet, o excesso de exposição ao celular e às telas. Agora entrando no adolescente: o quanto tem de transtornos mentais e psiquiátricos em adolescentes e que levam realmente ao suicídio. Falta de contato com o outro, que agora na pandemia piorou muito mais. Está crescendo mais ainda o problema de depressão e ansiedade nos adolescentes.  Nos jovens: todos esses fatores, mas temos como plus também o excesso do uso de drogas e álcool. Passamos para a fase adulta: problemas desses todos que eu citei, mas vem ainda a falta de emprego, falta de condição]ao de trabalho, problemas de família,....Vamos para o idoso: solidão. Então é multifatorial. São muitas causas e em todas as idades acontece o suicídio. 

A pessoa que está tendenciosa ao suicídio costuma dar algum tipo de sinal? Com certeza! Dão vários sinais. A gente vê isso no consultório com crianças, através dos desenhos, das falas, das brincadeiras. Criança que fica muito quietinha ou que de repente mudou o comportamento. Era uma criança ativa e agora só fica pelos cantos. O adolescente dá sinais claros e as vezes o familiar não percebe. Eles ficam dentro do quarto trancados. Achamos que eles estão no computador ou estudando. Não, não estão. Eles estão com um mundo aberto. Não estão na rua, mas estão com um mundo aberto através da internet. Os adultos já têm mais a questão de estarem deprimidos, de perderem o sentido da vida e perda de trabalho. Questões afetivas e amorosas também levam o adulto a buscar esse caminho tão triste. O idoso começa a falar muito de morte, de sentido de vida. Dá sinal e cabe a quem está do lado perceber esses sinais.

TUDO EM DEZ MINUTOS E NEM UM SEGUNDO A MAIS!

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