Por Padre Evandro Bastos
Coluna Católica
Aula da vida real
Padre Evandro Bastos
Algumas escolas já retornaram às atividades na semana que estamos encerrando, outras já estão preparadas para recomeçar nos próximos dias. Muita ansiedade, receios e preocupações diante dos quadros de contaminação e surgimento de variantes. Além disso, sequelas do medo, do luto, das decorrências da covid, e principalmente, a insegurança nesses tempos desgovernados.Apesar das bonitas propagandas, paira no meio escolar, sobretudo no ensino fundamental e médio, as inquietações com a BNCC – Bases Nacionais Comuns Curriculares. Uma conquista, em muitos pontos e uma tristeza em tantos outros. No país continental a pluralidade é evidente e tem espaço para adaptações do saber em diálogo com a cultura. Entretanto, dizer que as condições são as mesmas das crianças do meio rural e das periferias, para os educandos das cidades e grandes centros, só reforça a exclusão. Pior é pensar em garantir a liberdade de escolha no “Novo Ensino Médio” sem oferecer reais condições estruturais para uma educação de qualidade e transformadora. Aqui sim a exclusão será evidente: como nossos estudantes da periferia da cidade podem tentar uma vaga na universidade competindo com os que estudaram nas melhores escolas, com tecnologia de ponta, espaços interativos e opções de pesquisas e trabalho de campo?
Neste 2022 a Igreja propõe uma Campanha da Fraternidade sobre a Educação. Trazendo o lema “FALA COM SABEDORIA, ENSINA COM AMOR”, Provérbios 31,26, a provocação vem, com a delicadeza da educação, por em pauta um debate pouco visto e assumido nesses dias. Alguém sabe onde estão estudando as crianças e jovens da Cidade e Deus que estão sem escola porque não foi realizada a reforma do prédio enquanto estávamos em aulas on-line? E os estudantes do Padre Teodoro, estão no mesmo lugar?
Vamos descobrir que improvisos na educação geram graves consequências: fragmentam a comunidade escolar, desgaste de estudantes e equipes de educadores, colocam em risco a vida de crianças e jovens, reforça a consciência de que isso não é prioridade.
É hora de conhecer, pensar, rever e propor. Quem sabe assumir o desejo real de um mundo que não seja momentâneo, mas que está de olho, de verdade, no futuro, que passa pela educação de nossas crianças e jovens.
Algumas escolas já retornaram às atividades na semana que estamos encerrando, outras já estão preparadas para recomeçar nos próximos dias. Muita ansiedade, receios e preocupações diante dos quadros de contaminação e surgimento de variantes. Além disso, sequelas do medo, do luto, das decorrências da covid, e principalmente, a insegurança nesses tempos desgovernados.
Apesar das bonitas propagandas, paira no meio escolar, sobretudo no ensino fundamental e médio, as inquietações com a BNCC – Bases Nacionais Comuns Curriculares. Uma conquista, em muitos pontos e uma tristeza em tantos outros. No país continental a pluralidade é evidente e tem espaço para adaptações do saber em diálogo com a cultura. Entretanto, dizer que as condições são as mesmas das crianças do meio rural e das periferias, para os educandos das cidades e grandes centros, só reforça a exclusão. Pior é pensar em garantir a liberdade de escolha no “Novo Ensino Médio” sem oferecer reais condições estruturais para uma educação de qualidade e transformadora. Aqui sim a exclusão será evidente: como nossos estudantes da periferia da cidade podem tentar uma vaga na universidade competindo com os que estudaram nas melhores escolas, com tecnologia de ponta, espaços interativos e opções de pesquisas e trabalho de campo?
Neste 2022 a Igreja propõe uma Campanha da Fraternidade sobre a Educação. Trazendo o lema “FALA COM SABEDORIA, ENSINA COM AMOR”, Provérbios 31,26, a provocação vem, com a delicadeza da educação, por em pauta um debate pouco visto e assumido nesses dias. Alguém sabe onde estão estudando as crianças e jovens da Cidade e Deus que estão sem escola porque não foi realizada a reforma do prédio enquanto estávamos em aulas on-line? E os estudantes do Padre Teodoro, estão no mesmo lugar?
Vamos descobrir que improvisos na educação geram graves consequências: fragmentam a comunidade escolar, desgaste de estudantes e equipes de educadores, colocam em risco a vida de crianças e jovens, reforça a consciência de que isso não é prioridade.
É hora de conhecer, pensar, rever e propor. Quem sabe assumir o desejo real de um mundo que não seja momentâneo, mas que está de olho, de verdade, no futuro, que passa pela educação de nossas crianças e jovens.
Padre Evandro Bastos
Teste