Julgamento de assassinato de Tunico do Donana é adiado

No dia 8 de outubro de 2012, o empresário Antônio Claudio Maciel foi executado quando buscava o filho em uma obra no bairro São José

23/06/22 - 16:54

Márcio (esq.) é suspeito de ser mandante do assassinato de Tunico (dir.)
Márcio (esq.) é suspeito de ser mandante do assassinato de Tunico (dir.)

Celso Martinelli

Seria realizado na última quarta-feira (22/06), no Fórum Felix Generoso, em Sete Lagoas, o julgamento de Márcio João Ribeiro, o Marcinho, que é acusado de ser o mandante do assassinato de Antônio Claudio Maciel, o “Tunico Donana”. Mas que acabou não ocorrendo.

O réu não compareceu, o que não impediu que a sessão tivesse continuidade.  Marcinho alegou que estava doente, com o seu advogado de defesa, Fábio Gustavo dos Reis Monteiro, apresentando um atestado médico. O mesmo disse que representaria o acusado, o que foi aceito.

Porém, o advogado Fábio Gustavo alegou que o Júri estaria comprometido, visto que os mesmos tiveram acesso a matéria jornalística sobre o caso em site de notícias e redes sociais, o que poderia afetar o julgamento. Para o advogado, o teor do conteúdo prejudicaria o seu cliente e comprometeria o resultado final.

Outro fato também prejudicou o julgamento: duas mulheres que compunham o Júri afirmaram que não podiam permanecer na sessão porque tinham filhos pequenos em casa e não poderiam ausentar-se por mais de dois dias, caso o julgamento se prolongasse por mais tempo.

Elas foram penalizadas pela juíza Elise Silveira Santos, que considerou um atentado à dignidade da Justiça por avisarem do problema somente após a definição do corpo de jurados. As mesmas terão que prestar serviço comunitário por 30 dias em instituição a ser definida pela justiça.

Antes das desistentes se manifestarem, o advogado do réu chegou a tirar a toga e abandonar o Tribunal do Júri, com a juíza impetrando uma multa de 30 salários mínimos. Porém, a multa foi suspensa após ser sabido da impossibilidade das duas juradas, com a juíza encerrando o julgamento com a dissolução do Conselho de Sentença. Uma nova data será definida.

O caso - No dia 8 de outubro de 2012, o empresário Antônio Claudio Maciel foi executado quando buscava o filho em uma obra no bairro São José, sem ter tido a mínima condição de defesa. O executor o seguiu e atirou à queima roupa contra a vítima, em plena luz do dia, tendo o empresário morrido no local. O caso repercutiu na mídia de todo o estado de Minas Gerais.

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