MARCOS, (6,1-6)

Sou fascinado com Marcos, o Jesus quase histórico. Portando, Jesus subverte “o sagrado”: demole o sábado; minimiza o templo; “a misericórdia é preferível ao jejum ritual”; e quebra a “lei do puro e impuro.”

O texto: saiu dali e veio a sua pátria e seus discípulos lhe seguiram. O que é uma Pátria? É a casa dos nossos pais. Lugar de estruturas definidas. Volta a essa casa com seus discípulos, gente pobre e desqualificado.  

Na sinagoga, num sábado e se pôs a ensinar.  

Não é este o carpinteiro? Escandalizaram por causa dele. 

O ensinamento vem de alguém que não tem direitos, desqualificado. Ele sabe qual é o seu lugar, cuja vida depende de seus trabalhos. Quem trabalha não pode ser sábio.

 Pátria-casa, família, Igreja são limites que se constrói na lógica da dominação. 

O profeta quebra limites, agride a ordem estabelecida.  

A casa, família, Igreja são os limites com as normas, a moral, dos puros e impuros. Torna-se o lugar do controle, da exclusão, da falta de fé nas pessoas e na vida.  Quebrar a casa-igreja, partir, sair deve uma grande proposta. Romper com a Pátra é ato de rebeldia, resistência, e Profecia. 

  “Um profeta só não é estimado em sua própria Pátria, entre seus parentes e familiares”, Mc 6,4.

“Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando” Mc 6,6.