Sete Lagoas voltou a ser destaque na imprensa nacional por causa da emboscada e massacre de pseudos torcedores do Palmeiras contra similares do Cruzeiro, na rodovia Fernão Dias, perto de Mairiporã, em São Paulo, no domingo passado.
Uma vítima fatal, José Victor Miranda, de 30 anos, é daqui e foi enterrada na cidade na terça-feira, 29. O assunto é muito sério e tratado de forma branda, omissa por parte das autoridades estaduais e federais.
Brigas desse tipo ocorrem no país inteiro, usando o nome do futebol, mas com outros interesses, todos escusos. Essa, específica, foi retaliação a emboscada semelhante sofrida por palmeirenses em Minas, perto de Carmópolis, em 2022. Breve, teremos novo capítulo dessa novela absurda, diante da incompetência e omissão das nossas autoridades que têm poder para agir mas não agem.
E Sete Lagoas que abra os olhos, porque brigas desse tipo, entre organizadas de Cruzeiro e Atlético vêm acontecendo nos últimos anos em pleno centro da cidade, aumentando de intensidade e quantidade de pessoas ano a ano. Em 2023 virou manchete nas principais rádios, TVs e jornais do estado um ataque de cruzeirenses a atleticanos que estavam bebendo em um bar das margens da Lagoa Paulino. A polícia apurou que se tratava de uma resposta a um ataque do mesmo gênero meses antes. Recentemente, no dia 29 de setembro, um domingo à tarde, torcedores com camisa de uma organizada do Atlético circulavam em um rua Paulo Frontin. Foram vistos por rivais dessa torcida, que interceptaram o veículo e iniciaram as agressões. Para não serem linchados, o motorista e acompanhantes largaram o carro, saíram correndo, chamaram a polícia e quando retornaram, o carro estava destruído. Menos mal que a Polícia Militar de Sete Lagoas já estava monitorando todos os envolvidos, por meio das câmeras de segurança desde mais cedo e conseguiu evitar um mal maior. A violência e as armas nessas brigas são escandalosas e qualquer pessoa que passa perto, sem nada a ver com esses criminosos, corre o risco de se tornar vítima, de um tiro, uma facada, um taco de beisebol, barra de ferro e por aí vai. Na emboscada de Mairiporã, os ônibus dos cruzeirenses foram incendiados e à medida que os rivais saíam do veículo em chamas eram espancados até desacordarem. No caso do sete-lagoano José Victor, os golpes foram fatais