JUBILEU DE 2025 – Peregrinos de Esperança

No itinerário para 2025, a Igreja tem vivido passos fortes de sinodalidade para uma escuta atenta de comunhão e participação. A proposta primeira é viver em 2024 um Ano da Oração. Trata-se de um convite para uma evolução da espiritualidade profunda e da celebração vitoriosa da caminhada. A vitória não é porque passamos de 2000, ou vencemos a pandemia, ou estamos em tempos de grandes transformações tecnológicas. Celebrar as vitórias da caminhada é dar um testemunho de que estamos firmes na fé, em meio a tantos desafios que a vida continua a apresentar.

Quando paramos para analisar a angustiante realidade de desintegração humana, competição desenfreada e desrespeito à vida, corremos a risco que pensar: o que temos feito? Muitos são tomados pela falta de esperança e afoitos por respostas imediatas, outro sintoma do pragmatismo contemporâneo, perdem a capacidade de acreditar, sonhar, lutar e confiar: O Senhor está conosco!

Para nós que cremos na presença amorosa e terna, Daquele que segue ao nosso lado na caminhada, as sementes de esperança logo germinam e os frutos não tardam em chegar. Assim, anunciar as boas notícias, proclamar o Evangelho da vida, organizar comunidades e celebrar cada momento desta peregrinação, é confirmar a fé que trazemos no peito.

Não podemos nos esquecer de pisar no chão da realidade. Toda ilusão é perigosa e nos afasta da coragem necessária para o enfrentamento. Ao mesmo tempo, devemos manter os olhos fixos na Graça que é constante, lembrando que “a esperança não decepciona” (Rm 5-5). Além disso, é preciso ter alma missionária! Quando falamos de peregrinar, ou somos peregrinos de esperança: estamos a reforçar a consciência de que a passagem pela experiência existencial deve ser itinerante. Nada de acomodar-se! Nada de instalar-se seguramente, fixamente, deixando de avançar rumo ao júbilo da festa de vida plena para todos.

Aproveitemos bem as oportunidades deste tempo de júbilo e festa para 2025, reforçando o desejo de seguirmos confiantes, peregrinos de esperança, testemunhas da ação transformadora das sementes do Evangelho.