COLUNA ESPÍRITA – O Culto do Evangelho no Lar

No movimento espírita brasileiro foi difundido, a partir das décadas de 40 e 50 do século passado, o hábito do que se convencionou chamar de Culto do Evangelho no Lar.

Na verdade, essa prática é bem antiga. O Espírito Neio Lúcio, com muita propriedade, atribui a Jesus a inauguração do Culto do Evangelho no Lar.

Narra essa nobre entidade que o Mestre se encontrava na casa de Simão Pedro quando, no momento em que, pela descontração, as conversações descambavam para notas menos elevadas, Jesus tomou nas mãos os Pergaminhos Sagrados e realizou o primeiro Culto do Evangelho no Lar.

A realização do Culto do Evangelho no Lar é muito simples. Em apenas 20 minutos podemos realizá-lo. Essencialmente, lê-se uma pequena mensagem, como preparação do ambiente; em seguida, um dos participantes profere uma prece espontânea, vinda direto do coração, abrindo a reunião; depois, abre-se o Evangelho ao acaso ou sequencialmente a cada reunião; lê-se um versículo ou uma passagem inteira, como queiram; em seguida os presentes podem comentar livremente sobre aquilo que entenderam do trecho lido; depois dos comentários, faz-se uma prece de agradecimento, recomendando as bênçãos do Divino Mestre aos nossos entes queridos, aos sofredores em geral, à humanidade inteira e também aos nossos desafetos. O ideal é que todos os membros da família participem. Por isso, deve-se ajustar dia e horário compatíveis. A fixação do dia e horário é importante, para que os Amigos Espirituais da família se programem e também participem.

O Culto do Evangelho no Lar reserva benefícios imensos aos seus cultivadores sinceros, reverentes e que nele perseveram.

As energias geradas pelo “Culto” fazem do lar uma usina de forças superiores, capaz de renovar as energias dos que nele residem e adjacências, e também atrair a atenção e o interesse dos Espíritos Superiores.

Num orbe onde as vibrações inferiores campeiam, sufocantes, o Culto do Evangelho no Lar é providência que não se deve desprezar, principalmente tendo em vista a advertência do Senhor: “Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo.”