O Natal é a data mais importante do calendário cristão. E para nós espíritas, que nos consideramos também cristãos, não poderia ser diferente.
A relação do Espiritismo com Jesus é profunda. Surgiu na própria Codificação da Doutrina. Allan Kardec escreveu um livro intitulado O Evangelho segundo o Espiritismo, contendo as máximas universais de Jesus. Oito anos antes, em O Livro dos Espíritos, primeira obra publicada por Kardec, Jesus já aparece com o título proeminente de “guia e modelo da humanidade”. Portanto, o Espiritismo nasceu umbilicalmente ligado a Jesus.
o nascimento do Mestre marca um momento decisivo da evolução coletiva da humanidade, onde ela passa da infância espiritual para a maturidade espiritual, apta a compreender e aplicar os ensinamentos do Mestre.
Jesus disse a todos os seus discípulos que somos “deuses” e que poderíamos fazer muitas coisas que Ele fez e até mais. É por isso que estamos aqui na Terra: para ampliar ao infinito as nossas faculdades morais e intelectuais.
Assim sendo, a passagem do Natal significa um momento de autoavaliação do quanto estamos nos esforçando para nos aproximarmos do nosso “guia e modelo”, não pela mera verborragia mas, essencialmente, pelas ações. Esse o ponto fundamental da doutrina de Jesus, consubstanciado numa frase muito sucinta, emitida por Ele: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. E esta é a reflexão maior, suscitada pelo Natal: estamos amando os nossos semelhantes da forma que Jesus nos solicita?
Para o cristão sincero essa reflexão é inevitável e as conclusões, sejam quais forem, nos devem conduzir, invariavelmente, a admitir que o nosso esforço deve aumentar sempre mais, aproximando-nos do modelo de amor e caridade que é Jesus Cristo.
Que neste Natal, as festas e comemorações não nos subtraiam esse momento de encontro com nós mesmos. A vida na Terra é muito breve e a proposta fundamental dela é o nosso aperfeiçoamento espiritual. E não nos esqueçamos de que Jesus foi, é e será sempre o nosso modelo maior de perfeição.
Ótimo Natal a todos!