por Aloíso Vander
A Lei do Carma é uma lei natural, espiritual e universal, essencial para a nossa evolução. André Luiz afirma que “O ‘carma’, […] que em sânscrito quer dizer ‘ação’, a rigor, designa ‘causa e efeito’ […]. Para nós expressará a conta de cada um, englobando os créditos e os débitos que, em particular, nos digam respeito. Por isso mesmo, há conta dessa natureza, não apenas catalogando e definindo individualidades, mas também povos e raças, estados e instituições”.
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Allan Kardec examina o funcionamento da Lei de Causa e Efeito em sua obra “O Céu e o Inferno”, tecendo inúmeros comentários, que sintetizamos em alguns tópicos: a) toda imperfeição é causa de sofrimento e toda virtude é fonte de prazer; b) somos livres para fazer o bem ou o mal; c) a responsabilidade das faltas é toda pessoal, ninguém sofre por erros alheios, salvo se a eles deu origem; d) a alma traz consigo o próprio castigo ou prêmio, onde quer que se encontre; e) toda falta deverá ser paga; na mesma encarnação ou em outra; f) pela natureza dos sofrimentos e vicissitudes da vida corpórea pode julgar-se a natureza das faltas cometidas em anteriores existências; g) arrependimento, expiação e reparação constituem as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta.
Na visão cristã, arrepender-se significa reconhecer e rejeitar, sinceramente, os próprios erros e comprometer-se em, daquele momento em diante, retornar à via do progresso moral pelo reto cumprimento da Lei de Deus.
Segundo Kardec, na obra citada, “a expiação consiste nos sofrimentos físicos e morais que são consequentes a uma falta, seja na vida atual, seja na vida espiritual após a morte, ou ainda em nova existência corporal.”
E reparação, ainda de acordo com Kardec “consiste em fazer o bem àqueles a quem se havia feito o mal”. É oportuno destacar que toda boa ação será sempre recompensada. É o que podemos denominar de “carma positivo”. Nesse sentido, vejamos a recomendação de Jesus: “Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos deitarão no regaço; porque com a mesma medida com que medis, vos medirão a vós.”