Pecuarista, empresário do ramo de máquinas, transporte florestal e criador Gir e Girolando, Rodrigo Nogueira é conectado ao mundo do agronegócio e trabalha acelerado. Incentivado e apoiado por grandes, médios e pequenos produtores, aceitou o desafio de suceder Jadir Rabelo, na presidência do Sindicato Rural de Sete Lagoas. Eleito em dezembro do ano passado, tomouposse em 15 de fevereiro deste ano, ele já conseguiu realizar parte do seu primeiro objetivo: movimentar de forma intensa, diariamente, o Parque de Exposições JK e colocar o Sindicato Rural em evidência, posição de protagonismo na região central de Minas, assim como o agronegócio em todo o Brasil.
Na Feconex – Feira de Negócios 2024, o estande do Sindicato foi destaque, visitado por empresários, autoridades e milhares de pessoas nos dias do evento.
Pelo 4º ano o Parque JK recebeu o Lagoas do Leite, exposição de gado leiteiro, Gir e Girolando, que reúne os maiores criadores do estado e do país. Evento que já era promovido por Rodrigo e seu primo, Luciano Nogueira, diretor do Núcleo Girolando. Também este ano, foram realizados o Expo7 Mangalarga, a segunda edição do Mulheres do Agro e o encontro de Muladeiros.
Rodrigo Nogueira está com 48 anos de idade, está otimista para 2025 e conversou com o jornal SETE DIAS, nessa entrevista a seguir.
SETE DIAS: Em três anos você se tornou um criador revelação e pouco depois um dos maiores ganhadores de concursos Gir e Girolando em Minas e no Brasil. O que o motivou e como foi a sua entrada nesse ramo de atividade?
RODRIGO NOGUEIRA: Os resultados realmente foram precoces, embora tenha certeza que são frutos de um planejamento certo, com investimentos em genética do mais alto nível – além de uma equipe diferenciada que ama o que faz.
SETE DIAS: Como está a experiência no comando do Sindicato Rural de Sete Lagoas?
RODRIGO NOGUEIRA: Eu e toda diretoria estamos fazendo um trabalho de reconstrução do nosso SPR SL, que busca a união dos Produtores e da utilização do nosso parque, que é um dos melhores do Brasil e estava em desuso.
SD: Quais os seus planos para o Sindicato Rural em 2025?
RODRIGO: Fazer os eventos do agro como já fizemos em 2024 sempre pensando em aumentar as participações dos produtores e expositores. Além de melhorar a estrutura para termos eventos de referência nacional. Dar utilização e movimentar diariamente nosso parque JK. Hoje já temos restaurante, escolas de equitação, aluguel de baias e escritório regional da FAEMG SENAR
SD: A Exposete volta a ser realizada em 2025?
RODRIGO: Sim. A Exposete deve sim ser retomada em 2025, ainda buscando qual o melhor formato para retomar em grande estilo. Vale lembrar que a Exposete é um evento importante para a promoção do agro na cidade, além de movimentar a economia de forma direta e indireta.
SD: Como você enxerga o agronegócio no Brasil, especialmente, em nossa região?
RODRIGO: O agronegócio sempre será a principal atividade econômica deste país e, sobretudo, do nosso estado. Nosso país tem clima, terra e muita tecnologia o que nos dá uma posição privilegiada no mundo para sermos referência no cenário agronegócio mundial.
SD: Para você qual o ramo do agronegócio que tem o maior potencial de
crescimento em nossa região?
RODRIGO: O reflorestamento já é uma grande realidade. Principalmente porque a região de Sete Lagoas é uma das mais consumidoras de carvão vegetal do país. Além disso com a implantação de fábricas de ração na nossa região a agricultura deve desenvolver muito em nossa região que também já é referência em Genética, produção leiteira, haras e produtores de orgânicos de geral.
SD: Até que ponto a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos afetará o agro no Brasil, especialmente em Minas e em nossa região?
RODRIGO: Muito cedo para tentar especular as reações do mercado, principalmente do agro. Já passamos por vários governos com ideologias diferentes e o agronegócio sempre teve protagonismo. É essencial lembrar que podemos ser melhores e maiores com governantes que respeitem e valorizem o trabalho que a agropecuária brasileira realiza, afinal somos grande parcela no percentual de exportação de produtos agropecuários para os EUA. Com muito respeito ao meio ambiente, o que é pouco reconhecido no nosso país e principalmente no exterior.