Por Aloísio Vander
É de Schopenhauer a frase: “Vista pelos jovens, a vida é um futuro infinitamente longo; vista pelos velhos, um passado muito breve”.
Afinal, o que é o passado? O que é o futuro?
Essencialmente, passado e futuro não existem. O que existe é a Eternidade, na qual nós (Espíritos) fomos inseridos quando Deus nos criou.
As impressões que temos de tempo passado e tempo futuro decorrem dos movimentos (mutabilidade) da matéria; aliás, movimentos provocados e comandamos por nós, os Espíritos. O envelhecimento não é outra coisa senão as transformações da matéria.
Na desencarnação, essa realidade se nos afigura mais nítida por estarmos livres dos círculos da matéria mais densa. Na Pátria Espiritual não envelhecemos, podemos sim rejuvenescer ao nosso próprio talante, manipulando mentalmente a matéria do nosso corpo espiritual.
E é vivendo na Eternidade, ora no plano espiritual, ora na matéria densa (encarnados) que vamos vencendo etapas de aprendizados, conquistando sabedoria e amor a ponto de, a partir de determinado estágio, não necessitarmos mais do mergulho na matéria densa, prosseguindo com nossa evolução em esferas mais sutis.
Porém, no estágio em que nos encontramos hoje, necessitamos das balizas do passado, presente e futuro a fim de melhor nos organizarmos.
Diante dessas verdades, devemos traçar os objetivos a serem alcançados no período atual. Por que não começar alterando nossos arcaicos conceitos sobre os valores que atribuímos às coisas, pessoas e experiências?
Podemos começar deixando de lado aquela ideia arcaica de querer que as coisas, pessoas e situações em torno de nós mudem para nos satisfazer os caprichos.
Não nos iludamos, a palavra evangélica é clara: “Resplandeça a vossa luz diante dos homens.” (Mt, 5:16.)
Se Jesus, possuidor do supremo poder, quando aqui esteve não esperou que as pessoas mudassem, mas doou-se em amor a todos os que dele se aproximaram, por que nós, consciências endividadas perante a Lei Divina, deveríamos esperar que o outro fizesse por nós o que nos compete?