Ao longo das últimas décadas, o termo qualidade de vida vem tomando destaque para a Organização Mundial de Saúde (OMS), por sua influência na saúde geral de qualquer indivíduo, já que só pode ser considerado totalmente saudável o indivíduo com bem estar físico e psicológico. Nessa perspectiva, é insuficiente para a Odontologia Reabilitadora considerar apenas o aspecto funcional, devendo, portanto, incluir o bem estar psicossocial, diretamente relacionado com a estética dentária do paciente.
O termo qualidade de vida é definido como a percepção que o indivíduo tem de si mesmo e dentro da sociedade, suas expectativas, padrões de beleza e preocupações, e quando esses requisitos não se fazem presentes, no todo ou em parte, podem ser gerados impactos com efeitos negativos na vida cotidiana das pessoas, como por exemplo a baixa autoestima, insegurança, perda de desempenho profissional, queda de oportunidades de emprego e sociais, dificuldade nos relacionamentos afetivos e até transtornos de ansiedade e depressão.
A perda ou falta de elementos dentários ainda é uma condição de saúde bucal presente na atualidade, mesmo mostrando redução dos seus índices. O ato de sorrir possui um significado social, que revela uma condição de prazer, aprovação e satisfação, utilizada no cotidiano para aproximar e simpatizar outro indivíduo.
O interesse pelas variações emocionais sofridas pelos indivíduos tem crescido mundialmente dentro da atividade odontológica nas últimas décadas, tendo em vista a necessidade do acolhimento pelo profissional do estado psicológico dos pacientes, valorizando a função e a estética, assim como também assegurando sua qualidade de vida; considerar a percepção e os anseios dos pacientes no diagnóstico e planejamento ou, antes de uma reabilitação simples ou complexa, é fundamental para garantir a melhora na qualidade de vida do paciente no futuro, se fazendo assim necessário, que no momento do planejamento do tratamento sugerido pelo profissional ao paciente, se considerem todos os pontos funcionais, estéticos e psicológicos, associando-se todos diretamente com a saúde geral do indivíduo, fazendo com que a elevação da autoestima aumente, também, a qualidade de vida. A odontologia moderna consegue, em muitos casos, unir técnicas pouco invasivas à um menor tempo de trabalho, conseguindo promover a previsibilidade de resultados estéticos funcionais.
É perceptível o quanto a estética bucal tem um peso importante dentro da sociedade. Sua influência abrange questões psicossociais que vão além da autoestima e, compreender a percepção do paciente sobre sua aparência dentária é, também, um importante aspecto para o correto manejo do planejamento de tratamento, levando o trabalho final desenvolvido pelo profissional e sua equipe a altos níveis de satisfação; é importante frisar que um bom trabalho depende, de forma importante, da qualidade profissional da equipe odontológica, bem como a humanização desse acolhimento.
