Em seu discurso da vitória após ser reeleito para a Prefeitura de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) disse que o momento é de união para conseguir ajudar os comerciantes que foram prejudicados pelo fechamento da cidade nos últimos meses por causa da pandemia do novo coronavírus.
“Eu recebo o resultado com muita alegria, com muita satisfação e completamente desarmado. Eu acho que eu e o Fuad (Noman, eleito vice-prefeito de Belo Horizonte) temos a obrigação agora de trazer todo o comércio, trazer todos, a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), a Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), nós queremos unir essa cidade de Belo Horizonte. Agora nós precisamos de ajudá-los, principalmente os pequenos, e vamos fazer isso”, disse Kalil, após o resultado ter sido confirmado. Ele falou com a imprensa na praça Marília de Dirceu, em frente ao prédio onde mora, no bairro Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
“É hora de união da cidade. Não vamos polarizar a eleição, não vamos fazer nada disso. Vem um período duro aí de chuvas, nós temos que estar prevenido, tá certo?”, afirmou.
Segundo Kalil, com a reeleição confirmada, ele pode agora planejar as medidas a serem tomadas para recuperar a economia de Belo Horizonte.
“Eu não podia fazer plano para outro prefeito ou prefeita. Então nós temos que saber que a hora é do comércio. Teve a hora do sacrifício, teve a hora da paulada na cabeça do prefeito, e agora que eu estou reeleito posso falar: agora é a hora de ajudar esse povo que quase quebrou, que se não fosse a ajuda, iria quebrar”, disse.
Classificando o resultado da eleição como “estupendo” e “consagrador”, Alexandre Kalil agradeceu a população de Belo Horizonte e cumprimentou os adversários derrotados. Ele disse que considera que a campanha eleitoral foi “limpa” e “republicana”.
“Então não tem agora direita, não tem negócio de esquerda, não tem nada. Nós vamos continuar governando para quem precisa”, afirmou o prefeito, reeleito para comandar a Prefeitura de Belo Horizonte por mais quatro anos.
Ao ser questionado se assumiria um compromisso com os eleitores de que será prefeito de Belo Horizonte pelos próximos quatro anos, Alexandre Kalil disse que não fez “compromisso nenhum com ninguém”. Nos bastidores, comenta-se de uma possível candidatura dele ao governo de Minas Gerais em 2022.
“Eu não faço compromisso nem de construir viaduto ligando o Sion ao Belvedere e muito menos que eu vou ficar dois ou quatro anos. Eu não sento em uma cadeira pensando em outra. Então esse tipo de pergunta depois que tá eleito é muito fácil de fazer. Não a fizeram durante a campanha”, disse. “Eu garanto que quando eu sentei no Atlético eu não pensei em prefeitura e quando eu sentei na prefeitura eu não pensei no governo de Minas Gerais. Agora, eu não faço compromisso com ninguém. Eu não faço compromisso nem para uma poda de árvore. Mas nós vamos fazer o que for preciso, o que for melhor para Belo Horizonte”, afirmou.
Não há plano para fechar a cidade novamente, diz Kalil
Desmentindo boatos que circularam nos últimos dias, Alexandre Kalil negou que passe por sua cabeça fechar novamente Belo Horizonte por causa da pandemia. Porém, segundo ele, se uma segunda onda atingir a cidade, ele irá tomar as medidas que julgar necessárias.
“Não há nenhum plano de fechamento para a cidade. Isso não passa nesse momento na cabeça de nenhum de nós, até porque seria de um cinismo e de uma sacanagem muito grande”, afirmou Kalil. “Obviamente, se vier uma onda arrasadora em Belo Horizonte, eu vou tomar as medidas que eu tenho que tomar. Isso eu não tenho medo”, disse o prefeito.
“Eu já falei para vocês em algumas ocasiões. quando eles vinham buzinar e fazer arruaça na porta da minha casa: quem tinha medo de buzina é cachorro assustado, distraído no meio da rua. Então a oposição ela é muito barulhenta e o apoio que nós tivemos foi muito silencioso”, completou.
Ainda sobre a pandemia, Alexandre Kalil disse que Belo Horizonte está em uma situação tranquila no momento, com bons indicadores. Ele lembrou também que, em sua campanha, respeitou as medidas sanitárias recomendadas pelas autoridades de saúde.
“Eu não saí da minha casa, eu não fui pedir um voto na rua, eu não fiz nenhum evento que não fosse com distanciamento e acho que nós estamos em uma hora boa em Belo Horizonte, nós estamos numa hora tranquila”.
Ao fim do pronunciamento, ele comentou a demora do Tribunal Superior Eleitoral na divulgação dos resultados. “Eu tô acostumado sofrer 90 minutos com o Atlético. Agora, três horas é a primeira vez”, disse Alexandre Kalil.
