Nossa Gente: Magela Martins | 'Ser chamado de jornal que escorre sangue não me incomoda'

09/11/20 - 14:00

Magela Martins com a cantora Marília Mendonça em um dos eventos que ele promoveu
Magela Martins com a cantora Marília Mendonça em um dos eventos que ele promoveu

Magela, editor do Notícia, fala sobre sua trajetória profissional e garante: os que criticam a linha do seu jornal são os primeiros a comprar.

 

José Magelo Martins da Costa, mais conhecido como Magela Martins, completou 55 anos de idade na última segunda-feira (2). É natural de Curvelo, mas cresceu em João Pinheiro. Ele é proprietário do jornal policial Notícia e, atualmente, está também entrando no ramo de promoção eventos, onde pretende atuar em Sete Lagoas e cidades da região. “Também atuei na política, onde fui coordenador de Comunicação e Esporte, presidente da Codesel e Seltur e secretário municipal de Esportes”, no governo Marcio Reinaldo, lembra.

Confira entrevista e conheça esse personagem da imprensa sete-lagoana:

 

imagem

Em 1982, ao lado do craque Sócrates

 

Quando e como iniciou na imprensa? Eu iniciei na imprensa em 1981, na cidade de João Pinheiro. Ainda adolescente, fui repórter da Rádio União AM, sendo essa a minha primeira experiência como radialista.

 

Qual sua trajetória profissional? Após passagem pela Rádio União, me mudei para Sete Lagoas e fui contratado pela Rádio Cultura. Depois disso ajudei na montagem da Rádio Eldorado, onde contávamos com uma equipe de esportes fantástica sob o comando de João Carlos de Oliveira. Trabalhei, ainda, nas rádios Exclusiva de Pompéu e Difusora de Poços de Caldas, além da Rádio Inconfidência, de Belo Horizonte, onde passei em primeiro lugar em um concurso com 804 candidatos. Posteriormente montei o jornal Notícia, onde sou editor até hoje. Também trabalhei na ETV por vários anos como repórter e apresentador.

 

Quanto tempo de jornal Notícia e como é ser apontado como o jornal que “escorre sangue”? Isso te incomoda? O Notícia circulou pela primeira vez no dia 8 de janeiro de 2005. Iniciamos ali um novo projeto para a região e fomos muito criticados na época. Muitos diziam que éramos aventureiros e que não ficaríamos por mais de três meses na praça, mas estamos completando 15 anos de muito esforço e dedicação. Quanto a ser chamado de jornal que “escorre sangue”, isso não me incomoda. Os que falam isso são os primeiros a comprar e ler o jornal quando ele chega às bancas, todas as terças-feiras.

 

Enfrentou ou enfrenta muitos processos pela exposição sem censuras do “mundo cão”? Já enfrentamos alguns, sim, e ainda acontece até hoje, mas não inventamos notícias. Nós acompanhamos de perto o trabalho da polícia e é natural que algumas pessoas não gostem de serem mostradas como suspeitas de crimes.

 

imagem

No Mineirão, Magela entrevista Zico

 

Ameaças por parte dos suspeitos e acusados de crimes, acontece? Acho que só uma vez, mas o ameaçador se acalmou ao ver que não estávamos inventando a notícia. Acho que cada jornal e órgão de imprensa tem uma linha editorial e o jornal Notícia adotou essa, voltada para a segurança pública, o que desagrada muitas pessoas. Mas a maioria entende que cometeu o ato ou está sendo investigada.

 

Além da imprensa policial, agora também se dedica a promoção de eventos? Sim. Iniciamos no ano passado nessa área de eventos. Junto com os meus amigos Luciano Silva e Lucas Lyra, realizamos um grande pré-carnaval com a Bartucada de Diamantina, que foi de grande sucesso. Trabalhei por anos divulgando e auxiliando os eventos do João Wellington e com isso aprendi alguma coisa. Fizemos outros eventos na cidade e estamos com o Roupa Nova contratado. O show seria dia 8 de maio desse ano, mas foi adiado devido à pandemia. Além desse show, onde já pagamos 50% do contrato, temos projetos arrojados para Sete Lagoas e região. Ano que vem, se Deus quiser e os eventos forem liberados, além do Roupa Nova, vamos trazer o Hungria e o Capital Inicial, além de outros shows. Quero fazer um grande evento no Dia dos Namorados e outro no Reveillon de 2021.

 

O setor vai demorar a se recuperar da crise provocada pela Covid-19? Quais os caminhos? Acho que o setor está caminhando para a liberação de eventos menores ainda esse ano e o crescimento será gradativo. Até março de 2021, acredito que tudo estará dentro da normalidade. O caminho, na minha visão, é a vacina. Depois dela, todos terão segurança para voltar tudo dentro da normalidade. 

 

Celso Martinelli

 

 

 

 

Veja Mais