Nossa Gente | Juninho Sinonô

24/07/20 - 15:46

Em entrevista ao SETE DIAS, Juninho Sinonô fala sobre sua trajetória profissional e como assumiu os negócios da família graças aos ensinamentos do seu pai, o saudoso Ayerton Romano, o Sinonô “sênior”. “Comecei a trabalhar aos sete anos, como office-boy. Nunca mais parei. Aos 13 fazia cobranças por toda a cidade na minha bicicleta. Aos 16 já construía lojas e prédios sob a tutela do meu pai, que sempre me deu liberdade e responsabilidades”, afirma. 

Confira entrevista:

 

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Quais suas lembranças da infância e juventude na cidade?

Sou da época em que se jogava bola nas ruas ao final do dia, dos jogos estudantis e gincanas, e de quando a Exposete era o evento mais aguardado do ano. Tinha o Café Tropical nas quintas e sábados, a Gruta do Lago ou a People Dance aos domingos. Coisas aparentemente simples, mas que fizeram enorme diferença na minha época. 

 

Onde estudou?

Fiz o colegial na Escola Estadual Dr. Arthur Bernardes. Daí, foi uma verdadeira dança de cadeiras. Eu era bastante “agitado”, e constantemente era convidado a me retirar da escola. Comecei no Promove, passei pelo Dom Silvério, Imagem e terminei no Anglo. Depois fiz as graduações e extensões fora, na FUMEC, PUC, FGV e Milton Campos.

 

Quais são suas origens familiares?

Só a minha geração é daqui. O meu pai é de Inhaúma, minha mãe de uma cidade chamada Resplendor, e meus avós paternos, responsáveis por estabelecer nossas raízes por aqui, de Fortuna de Minas e de Paraopeba. Vieram para cá em busca de oportunidades. Meu avô, Benjamim, era do comércio e viu que aqui poderia prosperar. Trabalharam muito, como verdureiros, vendedores de queijo. Meu pai foi caminhoneiro, teve uma beneficiadora de arroz, sempre com muita determinação. Tenho muito orgulho da história deles. A única exigência que me foi feita era de que eu deveria me formar e ser um “doutor”. Hoje, entendo o efeito simbólico que isso representou para todos eles. Não puderam se dar ao luxo de seguir nos estudos. Coube a mim dar a eles essa conquista tão significativa e importante. Um “Silva” com diploma! Sou privilegiado pelo amor e entusiasmo que depositaram em mim.

 

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Juninho Sinonô  é advogado mas trambém se dedica bastante a projetos da Comunicação

 

Que lugar mais gosta na cidade e por quê?

Amo toda a cidade. Pratico esportes, e tenho o hábito de correr pelas ruas. Também faço isso aleatoriamente de carro. Consigo ver em cada esquina o potencial de crescimento e desenvolvimento que nós temos. Se for para escolher um, fico com a Serra de Santa Helena, porque lá de cima dá para enxergar todo o resto.

 

O que motivou você a escolher esta profissão?

Além de advogar, dedico parte do tempo à Comunicação. Cheguei a entrar na faculdade de Publicidades e Propaganda e troquei pela de Direito. Adoro o Direito e sou apaixonado pela Comunicação. Sendo assim, tenho um verdadeiro caso de amor com as duas atividades. Optei pela advocacia por querer agregar conhecimento aos negócios da minha família, que é voltado para o setor imobiliário. Meu pai na época já me preparava para assumir o seu lugar na gestão, como seu sucessor, e escolhi assumir a responsabilidade. Por isso, concentrei no Direito. Foi a escolha acertada, pois além de me dar uma base sólida sobre diversos assuntos, me permitiu contribuir para a nossa continuidade comercial de maneira sólida, com adequações e novidades que ainda não tínhamos acesso. Em paralelo, continuei na Comunicação. Primeiro na rádio Santana, aos sábados, depois participava em um programa da OAB Jovem, e quando me dei conta, era o único que estava ao mesmo tempo em todos os principais veículos da cidade: Rádio Musirama, Jornal Sete Dias, TV Setelagoas, ETV Centro Minas e portal setelagoasnoticias.  Então, não posso mais falar que ainda é um hobby. A Comunicação também virou conversa séria.

 

Qual sua trajetória profissional?

Comecei a trabalhar aos sete anos, como “office-boy”. Nunca mais parei. Aos 13 fazia cobranças por toda a cidade na minha bicicleta. Aos 16 já construía lojas e prédios com a tutela do meu pai, que sempre me deu liberdade e responsabilidades. Aos 18 entrei na faculdade de Direito, em Belo Horizonte, mas como trabalhava aqui, ia e voltava todos os dias. Aos 24, já formado, estava à frente de tudo, sempre com o aval dele.  Esse envolvimento precoce foi proposital e necessário, pois meu pai tinha uma idade avançada e sabia que poderia faltar ainda na minha juventude. E foi o que aconteceu. Ele se foi há quase 8 anos, em um domingo, quando eu tinha apenas 29 anos. Acordei em uma segunda-feira com o mundo nas costas, mas bem mais leve, porque meu pai havia me preparado. De lá pra cá segui seus ensinamentos sem a sua presença física, mas continuo com suas diretrizes. Não parei de estudar, cheguei a ser professor, e agora acabo de assinar contrato com uma editora para o lançamento do meu primeiro livro. Se Deus quiser, em novembro estará nas livrarias. Também estou no último ano do curso de Cinema, Teatro e TV, da Escola Wolf Maya, no Rio de Janeiro. 

 

O que você acha que Sete Lagoas mais precisa?

Modernizar as suas ideias e se adequar ao que há de melhor pelo mundo. Paramos no tempo, principalmente nas ideias. Precisamos de representantes, não só na área política, mas também nos seguimentos privados, que tenham vontade em doar mais do que receber, que estejam abertos a aprender com experiências que deram certo e que, acima de tudo, tenham coragem de enfrentar as resistências. É assim que se melhora o mundo: com vontade de doar, flexibilidade em aprender e coragem em enfrentar o que for preciso.

 

Quem é 

Ayerton Romano Silva Júnior, o Juninho Sinonô, é natural de Sete Lagoas. Formado em Direito, é mestre em Direito Empresarial, tem MBA em Direito Empresarial e Economia, e Pós-Graduado em Direito Tributário. O advogado também é especialista em Direito Imobiliário e atua como consultor na área. 

 

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Juninho mais jovem com o seu pai Ayerton Romano

 

Celso Martinelli

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