Sete Lagoas precisa se mobilizar para não perder a excelência da Escola da Cemig na cidade

Recomendação é do ex-governador Eduardo Azeredo, que entrou em ação para evitar que a unidade não seja desmantelada

27/05/22 - 09:44

O ex-governador Eduardo Azeredo. Foto: Sidney Lopes/EM/D.A Press)
O ex-governador Eduardo Azeredo. Foto: Sidney Lopes/EM/D.A Press)

Celso Martinelli

A informação que circulou em Sete Lagoas sobre o possível fechamento da UniverCemig, mais conhecida tradicionalmente como Escolinha da Cemig, mexeu com a classe política e com a população de forma geral. A UniverCemig, com este nome desde 2008, é a universidade corporativa da Cemig criada em 1967, que disponibiliza cursos opcionais e obrigatórios nas modalidades à distância e presencial, sendo necessário passar por um processo seletivo para entrar e se formar na instituição, com a formação destinada para as demandas da própria Cemig.

O ex-governador e senador Eduardo Azeredo, que integra a direção do PSDB em Brasília, intercedeu junto ao governo do estado e corpo diretivo da Cemig para que a unidade seja mantida em Sete Lagoas.

Em entrevista ao SETE DIAS, ele afirmou que está em andamento uma reformulação da escola na cidade. Azeredo fez questão de frisar que não é candidato a qualquer cargo nas eleições que se aproximam, mas considera importante participar do processo de reformulação da unidade. “A escola foi iniciada nos anos 60, com o meu pai Renato Azeredo como
deputado, que participou ativamente desta instalação, através do então governador Israel Pinheiro. Hoje a Cemig se dedica na formação e aperfeiçoamento dos terceirizados, de quem presta serviço para a estatal. Está em andamento uma mudança de perfil, onde o foco é nos terceirizados. A unidade não vai sair de Sete Lagoas. Conversei com o prefeito Duílio de Castro e o Carlos Meles, do Sebrae, sobre a importância de mobilizar a comunidade e participar dessa transição”, explica.

Para o ex-governador, o importante é que a unidade não vai ser fechada. Segundo ele, o Conselho de Administração da Cemig, que autorizou a reformulação, o espaço da unidade hoje é maior do que o necessário
para as demandas da estatal. “Mas essa mudança não é para esse ano, só foi aprovado o projeto de remodelação, que vai detalhar essa mudança. O mais importante no momento é envolver a cidade, a comunidade”, é o que solicitamos, afirmou Eduardo Azeredo.

Ele antecipou que alguns cursos serão mantidos, mas a tendência é investir no treinamento de terceiros. “A alegação é que o espaço está ocioso. O próprio sindicato da classe, o Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais – SindieletroMG -, deve participar desta transição. Minha relação com o governador (Romeu Zema) é boa e eu sempre prestigiei a escola. Mas é essencial que Prefeitura de Sete Lagoas, Associação Comercial e Industrial (ACI),
não deixem de participar”, considera Azeredo.

O ex-governador conta que a evolução é uma necessidade, que os processos de treinamento Cemig não são os mesmos praticados nos anos 1960, década da fundação da escola. Em nota enviada à imprensa local, a Cemig esclarece que, “na UniverCemig, cerca de 2% dos profissionais
recebiam formação básica ao ingressar na companhia. Atualmente, esse conhecimento está consolidado no mercado por meio do Senai e de outros centros de treinamentos existentes no estado. No concurso
público, aberto recentemente para contratação de 250 eletricistas para a Cemig, essa formação técnica já é uma exigência do edital”, consta na nota.

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