SQLSTATE[42000]: Syntax error or access violation: 1064 You have an error in your SQL syntax; check the manual that corresponds to your MySQL server version for the right syntax to use near 'ORDER BY nome ASC' at line 1

Juninho Sinonô: Dez minutos com Andrea Iorio

27/12/19 - 09:12

Juninho Sinonô e Andrea Iorio
Juninho Sinonô e Andrea Iorio

Por

O italiano Andrea Iorio conhece como poucos o cenário das plataformas digitais. Ao longo dos últimos dez anos, esteve à frente de grandes projetos virtuais, como por exemplo, a implantação do Tinder no Brasil, considerado o aplicativo de relacionamentos mais popular do mundo. Atualmente atua como Chief Digital Officer (CDO) da divisão de Produtos Profissionais da L’Oréal Brasil e é o autor do livro “6 Competências da Transformação Digital”, constantemente listado entre os livros de negócios mais vendidos do país. Além disso, é o fundador da ONG “Apps do Bem”, que desenvolve aplicativos gratuitos para a população por meio da sua rede de desenvolvedores voluntários. Fora do campo profissional, Andrea é um entusiasta das startups, usando sua expertise para atuar como investidor no segmento.

 

 

Você já se deu bem usando o Tinder? (risos) Com certeza. Eu tive que testar o produto que eu trouxe para o Brasil, e com certeza, com a visão de usuário. Além disso, realmente acredito muito no poder de você experimentar um produto com a cabeça do usuário, para poder melhorar cada vez mais a experiência. 

 

Você criou o conceito do “marketing invisível”. O que é? O marketing invisível, Juninho, é um conceito que parece um paradoxo pelo nome, porque o marketing quer ser visto. Mas na verdade, no mundo digital, o seu marketing é mais bem-sucedido se ele parecer orgânico, ou seja, um não marketing. Que seja o conteúdo orgânico, que conecta, que é gerado pelos usuários e é distribuído através de canais, as vezes de mídia, as vezes não, mas que chega para o usuário final e o potencial cliente, de uma forma sutil, que não seja distinguível de mídia paga.  Se a sua campanha parecer um conteúdo orgânico, você está fazendo o marketing invisível, que é o mais efetivo nos dias de hoje.

 

Como traçar um paralelo em comum entre as empresas digitais bem-sucedidas? Todas elas, primeiro, além da tecnologia, focam em comportamento humano. Tem muitas empresas de tecnologia que apenas pensam na tecnologia como o fim, mas na verdade a tecnologia é o meio. É o meio para preencher demandas e necessidades do cliente final. Na medida que essas empresas de tecnologia conseguirem fazer isso, elas se destacam do monte de startups, empresas de tecnologias que inovam por inovar. São aquelas que inovam porque existe uma demanda do cliente que se dão bem no cenário digital.

 

Você presa muito a questão humana, das pessoas. Como conciliar a tecnologia com o fator humano? É desafiador, porque a tecnologia inclusive ameaça substituir algumas das tarefas, competências e habilidades do ser-humano. Se a gente considerar as tarefas manuais, muitas das quais nas fábricas foram já substituídas por alguma ação. Agora é a fase das cognitivas terem o risco de serem substituídas. Então diante disso, a gente precisa se responsabilizar como gestores de negócios de tecnologia, de entender que a prioridade é o ser-humano. Vamos supor, se a gente desenvolve inteligência artificial que possa se desenvolver ao ponto de se colocar contra a gente, temos uma responsabilidade grande. A gente precisa fazer uma tecnologia que ajude o ser-humano, o meu ponto de vista é esse.

 

Você também é um investidor de startups. Startup é um bom negócio no Brasil? Cada vez mais. Por um bom tempo, não tiveram as chamadas grandes “exits”, vendas ou liquidações positivas de startups no Brasil. Mas no último ano e meio, 2019, tem sido anos muito bons. Primeiro, em termos de rodadas de financiamento, chegaram a rodadas muito grandes, que fizeram de algumas delas unicórnios. Mas teve também a possibilidade de, por exemplo, como o Banco Inter, fazer a cotação na bolsa de valores nos Estados Unidos, que deu liquidez aos investidores iniciais. Então eu acho que é um momento muito bom. Não é sem desafios, mas é um momento muito interessante, mesmo porque, para mim, por enquanto, sendo investimentos muito recentes, ainda não tive o retorno que eu planejo como investidor, pois é um prazo muito longo. 

 

TUDO ISSO, EM DEZ MINUTOS E NEM UM SEGUNDO A MAIS

 

 

Juninho Sinonô e Andrea Iorio

Veja Mais