Juninho Sinonô: Dez minutos com a MasterChef Juliana Nicoli

A vida de Juliana Nicoli virou de ponta a cabeça depois que chegou a etapa final da última edição do MasterChef, o programa de gastronomia mais popular do país. Ela, que é formada em enfermagem e até então trabalhava como administradora hospitalar, agora se dedica inteiramente ao hobby que virou sua atual profissão: chef de cozinha.

Como você começou a cozinhar?  Eu comecei a cozinhar desde pequena, com a minha mãe, com a minha avó. Eu acho que já contei essa história algumas vezes. A minha maior brincadeira era fazer brincadeira de comidinha. Então foi aí que começou tudo, e desde criança eu vivo e convivo na cozinha.

Como você entrou no MasterChef?  De novo numa brincadeira. Eu sempre tive pessoas me pedindo ou me falando “ah, faz a inscrição”, porque eu cozinhava para todo mundo, cozinhava para os amigos, cozinhava para as pessoas, e aí “faz aí, faz aí, faz aí..”, eu falei: “Meu, quer saber?!  Vou tentar, e não vou passar...”, porque esse era o primeiro pensamento. Resultado: passei. Tem uma pré-eliminatória antes, passei, entrei. Foram mais de 42.000 inscritos. Na verdade, eles olharam 33.000 vídeos, 33.000 inscrições, e aí dentro de 42, entraram 21.

Qual é a diferença de cozinhar por hobby e cozinhar profissionalmente?  Confesso que pra mim nenhuma, porque existe um ditado que fala que faça o que ama que você nunca vai ter trabalho.  Eu não sinto muita essa diferença. Na verdade hoje eu trabalho bem mais do que eu trabalhava no hospital, e pra mim é muito tranquilo isso.

O que você gosta de cozinhar? Na verdade, a minha linha é sempre uma linha mais natural, saudável e pensando principalmente no beneficio daquilo que tá lá. Eu brinco que quando a geladeira está vazia e tem só algumas coisas, é o melhor prato que sai, porque você pode inventar, usar a criatividade. Não pode errar, porque tem pouca coisa, mas é ali que você consegue sair tipo “opa, tem algo diferente aqui!” Eu estou estudando gastronomia francesa, mas a base dela eu acabo aplicando outras coisas.

E o que você não gosta de cozinhar? Nada. O que eu acho mais chato cozinhar é confeitaria, porque é uma coisa muito pesada, muito cheia de medidas e tem passos muitos corretos a serem feitos, né?! Hoje, como eu estou dentro de uma escola, eu consigo fazer isso de outra maneira. Talvez antes de estudar não. Mas hoje pra mim já ficou mais tranquilo.

Você mencionou a questão da cozinha saudável e inclusive está fazendo um projeto de alguns videobooks, com parceria do Hospital Albert Einstein. O que me chamou muita atenção foi a sua preocupação com a gastronomia para as pessoas com câncer. Sim. Como eu sou da área da saúde, eu venho também da área da saúde, eu costumo dizer que a alimentação é o início do tratamento de muitas pessoas, para muita coisa. E é o que as pessoas não estão preocupadas, né?! Tudo que a gente come, reflete diretamente no nosso organismo. A gente pode comer coisas saudáveis gourmetizadas. Então como se fosse um prato muito gourmet, um prato muito bonito e muito saboroso. E nem por isso eu preciso estar comendo coisas que teoricamente não fazem bem pra mim. Então, unir a gastronomia com a nutrição, porque é uma mistura aí de gastronomia com nutrição, e toda a área da saúde médica,  é um dos meus projetos futuros.

TUDO ISSO EM DEZ MINUTOS E NEM UM SEGUNDO A MAIS