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Juninho Sinonô: Basta conhecer como é o inferno para saber que o céu é um bom lugar

29/11/19 - 09:12

Juninho Sinonô
Juninho Sinonô

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Novamente, o AI5 foi “lembrado” por um membro do atual governo.

 

Desta vez, o Ministro da Economia Paulo Guedes mencionou o Ato no que disse ter sido uma reação às afirmações de Lula, ao convocar os jovens brasileiros para irem às ruas em protestos, assim como foi feito na Bolívia e no Chile.

 

Porém, o AI5 foi o mais duro dos decretos emitidos pela ditadura militar. 

 

Os Atos Institucionais, do qual fazia parte o AI5, eram determinações absolutas, que derrubaram a anterior constituição e sequer permitiam a revisão judicial das ações praticadas sob sua égide. 

Com ele, se “justificou” a cassação de mandatos de parlamentares contrários ao militarismo e a suspensão das garantias constitucionais, tornando a tortura um meio “legal” de procedimento do Estado.

 

Foi o dispositivo mais contundente contra tudo e todos que fossem divergentes ao sistema, resultando no fechamento do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas Estaduais, destituição de prefeitos e vereadores nos municípios, censura à imprensa, músicas, teatros, televisões e cinemas, proibição de reuniões e até toques de recolher.

 

Foi o documento formal que historicamente retirou do povo brasileiro todas as liberdades, garantias e direitos, o que incluia, desde que “justificável”, a supressão ao direito à vida.

 

Por outro lado, temos também a “convocação” feita pela cúlpula dos partidos de esquerda, com a chancela de Lula, o seu mais ilustre e influente representante.

 

Qual seria a justificativa da nossa sociedade ir às ruas em protesto assim, como acontece na Bolivia e Chile?

 

Na Bolivia, o cenário caótico é resultante do que restava dos governos socialistas, que assim como os militares, impuseram a sua ditadura fracassada, e que agora pagam o preço da retirada forçada, ainda que tardia, por causa das mazelas nas quais deixaram a sua população.

 

Lá, os protestos são feitos pela “resistência” dos que insistem em manter o insustentável mandato de Evo Morales, que permaceu sentado na cadeira de presidente desde 2006.

 

No território boliviano foram adotados os caminhos do caos e da destruição, que já resultaram em mais de 30 mortes, para “manifestar” as intenções de discordância.

 

No Chile, a situação de convulsão social decorreu da insatisfação com a atual situação econômica do país, inflamada pela intervenção direta do seu governo, com aumento das tarifas de transporte e energia.  

 

A isso acrescenta uma desorganizada e má planejada resposta das autoridades polícias, que até agora causou a morte de 20 chilenos.

 

Portanto, a realidade social e econômica do Brasil em nada se assemelha aos dois países apontados por Lula. 

 

Encontramo-nos em um periodo de estabilidade, onde o nosso governo está apenas há 11 meses no comando, sendo no minimo precoce um julgamento quanto aos resultados das suas medidas.

 

Restaria a justificativa do inconformismo com as últimas eleições, com a troca dos grupos dominantes de poder. Pensamento que talvez se assemelhe à situação boliviana.

 

Mas o que tem em comum as afirmações de Guedes e Lula, mesmo sendo aparentemente contrárias? 

 

As duas, ainda que de forma velada, remetem a sistemas opressores idênticos, mas com embalagens diferentes.

 

 No AI5, usou da força do aparato militar, enquanto que nos combalidados sistemas socialistas sulamericanos, como na Bolivia e na Venezuela, a arma foi o clamor populista rumo ao fronte de batalha nas ruas.

 

É inaceitável a volta de decretos como os Atos Institucionais. 

 

Como da mesma forma, é de tamanha irresponsabilidade se chamar alguém em momentos de ordem para se fazer quebradeira em prol da anarquia. 

 

No atual estágio que o Brasil se encontra, não há mais espaço para nenhuma das duas propostas. Já temos a suficiente percepção de onde leva essas fracassadas opções.

 

As constatações históricas, feitas aqui ou nos nossos países vizinhos, comprovam o inferno pelo qual se é viver sobre a opressão, seja ela qual for a sua forma.

 

Estamos em um Estado Democrático de Direitos, onde prevalece a imparcialidade da Carta Magna e  se tem as urnas como meio de  escolha,  não cabendo mais o retrocesso da retomada do poder na marra, seja pela força militar ou pela protestante.

 

A ferro e fogo, não dá mais!

 

TUDO ISSO EM DEZ MINUTOS, E NEM UM SEGUNDO A MAIS!

 

Juninho Sinonô

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