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Coluna Flávio de Castro: Violência

12/08/19 - 16:50

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O SETE DIAS divulgou, na última semana, o relatório da Secretaria de Estado de Segurança Pública que veio com uma notícia alvissareira: a de que Sete Lagoas alcançou o menor índice de criminalidade dos últimos 8 anos. É uma notícia que merece ser investigada para se saber se é algo circunstancial ou, como a população deseja, uma tendência para os próximos anos.

 

As opiniões dos políticos não ajudam muito nessa elucidação. O governador Romeu Zema, por exemplo, creditou o fato a uma melhora de gestão do seu governo, com a integração entre as polícias civil e militar. Mentira! Segundo a matéria, a taxa de crimes violentos nos municípios da 19ª RISP e da 11ª Cia da PM, nos primeiros semestres de cada ano, vem declinando desde 2017. Ou seja, antes dele ter sido eleito. Na verdade, ela se reduziu, na gestão passada, em percentuais até mais elevados do que o de agora. Neste semestre, a queda foi de cerca de 20%; em 2018, de 42%; e em 2017, de 32%. 

 

A explicação policial é mais crível. Ela aponta para uma multiplicidade de causas: a criação da 19ª RISP (para o nosso caso), e a setorização do policiamento, a intensificação do policiamento preventivo e ostensivo e o apoio da população. Ou seja, ela refere-se a uma mudança na estratégia policial mais geral. Aí, um ponto precisa ficar claro para evitar o entendimento incorreto de que apenas na nossa região isso ocorreu. O relatório mostra que não: a queda na taxa de crimes violentos, desde 2017, se deu em todo o estado. A notícia continua sendo excelente, mas não bastante bem justificada.

 

Nesses dias, o IPEA publicou outro relatório que também merece ser analisado: o Atlas da Violência 2019. Embora seja recentíssimo, esse Atlas não pode ser comparado ao relatório da SESP porque trabalha com dados anteriores a 2017, exatamente o ano em que ocorreu uma inflexão positiva na curva de violência. Mas vale observar que, naquele ano, a posição de Sete Lagoas não era muito favorável no ranking: entre os municípios mineiros com mais de 100 mil habitantes, o nosso ainda figurava entre o primeiro terço de municípios com taxas estimadas de homicídios mais elevadas. 

 

Enfim: há o que comemorar? Claro! Mas seria importante entender mais profundamente as razões dessa redução de criminalidade para garantirmos mais comemorações no futuro.

 

Flávio de Castro

fjrcastro@gmail.com