CHICO MAIA - E lá se foi o Beto!

09/04/21 - 15:15

Beto (direita) com o irmão Rafael Minhoca
Beto (direita) com o irmão Rafael Minhoca

CHICO MAIA - Esta foi uma semana das mais difíceis da vida, com notícias de mortes e situação ruim de muita gente querida em consequência da Covid. No domingo à noite ouvi o Álvaro Damião dando uma pausa na apresentação da “Grande Resenha”, da Itatiaia, para registrar a dor dele e de tantos amigos em comum, pela morte do Roberto Sânzio Moreira Campos. Na hora, não liguei o nome, apenas pensei na dor que a família estaria passando e lamentei mais uma vez o que essa pandemia está fazendo com o mundo.

Mas, nas primeiras horas de segunda-feira, tomei conhecimento que se tratava do Beto para uns, Betão para outros, filho da Maria José (irmã do Júlio Moreira) e do saudoso Mateus da “Cooperativa”. O de óculos na foto, ao lado do irmão, Minhoca. Uma notícia arrasadora para quem o conhecia. Meu amigo de longa data, atleticano ferrenho, inteligência e competência profissional raras. Jogamos no mesmo time em uma das edições da Copa Sabata´s. Irmão da Juliana, Rafael (Minhoca) e Mariana. Marido da Roberta, pai do Bruno e Lucas, a quem transmito meus sentimentos, e com quem compartilho a dor, que não tem como medir.

Só posso dizer que o Beto cumpriu bem demais a missão dele nesta vida e que espero um dia reencontrá-lo!

Cuca e Arana pedem respeito
Conhecedor das armadilhas do clássico, Cuca e os jogadores não querem saber de otimismo exagerado para o clássico contra o Cruzeiro, como informaram o Fred Ribeiro e o Hoje em Dia: @fredfrm “Cuca, sobre Cruzeiro x Atlético no domingo: “Não importa se o adversário vive momento pior ou melhor, eles vão deixar tudo dentro de campo. Nós também. Temos um time com conjunto melhor, mas tem que prevalecer no jogo. Não adianta falar que tem obrigação. Jogo é jogado”.
@jornalhojeemdia “Após vitória magra e sofrida do @Atletico, Arana faz alerta: ‘Temos que respeitar todas as equipes. Não podemos achar que o jogo vai ser tranquilo. Sofremos neste jogo (contra o Pouso Alegre). Que nos sirva de lição’.”
 
Ainda ruim, mas pode melhorar
Não assisti Cruzeiro 2 x 0 Coimbra. Mas o Vinícius Grissi, ótimo comentarista da 98FM gostou do viu: @ViniciusGrissi “Vitória justa na melhor atuação do Cruzeiro na temporada, ainda que siga com muitos erros técnicos. Conseguiu executar bem a ideia, principalmente sem a bola. Ainda falta muito, mas a repetição parece começar a servir pra fazer o time andar.”

Já o Paulo Galvão, do Estado de Minas, não gostou tanto: @paulogalvaobh “O Cruzeiro fez um primeiro tempo razoável, pecando nas finalizações ou no último passe. Na etapa final virou um show de horrores. Jogadores fazem escolhas erradas ou erram quando fazem a certa. Em alguns momentos, parece ser o primeiro jogo da equipe”.
 
Treinos de luxo e uma demissão arriscada
América e Clube Atlético Patrocinense, no Independência, concluíram a 8ª rodada do Mineiro. Lisca aproveitou mais este treino de luxo para testar formações e estratégias visando o Brasileiro da Série A, que começa mês que vem. O Coelho vice-líder, 15 pontos, com o Cruzeiro no cangote, com 14. O Patrocinense, com 8, lutando contra o rebaixamento, já que está em 10º, com Coimbra, 5, e Boa, 4, os lanternas, ameaçando.

Boa e Tombense jogaram em Varginha. O ex-Ituiutaba, que nos últimos anos se tornou um dos fortes do interior, dificilmente escapa da degola este ano. O Tombense com 10 pontos, tende a ficar no meio tabela na classificação final, mas ainda com chances de brigar por vaga na fase decisiva.

O Athletic demitiu o técnico Cícero Junior, após a derrota em casa, (Estádio Joaquim Portugal em São João del-Rei), para a URT, por 1 a 0. Deve ter ocorrido algum desentendimento entre ele e diretoria, já que a missão dele neste campeonato estava quase cumprida, que era manter o time na primeira divisão estadual, o que não é fácil para quem sobe da segundona no ano anterior. Pode ter sido um erro fatal, já que o time tem 9 pontos e caso essa mudança não seja bem assimilada pelo grupo, pode despencar.
 
O “fenômeno” Caldense, mais para “gatinho”
Interessante é a situação da Caldense neste campeonato. Ganhou enorme destaque por ter vencido Atlético, Cruzeiro e América na mesma temporada, mas perdeu em casa para o Uberlândia, 1 x 2, que vinha muito mal. Antes, tinha tomado de 3 a 1 duas vezes: do Pouso Alegre e da URT, além de empatar com o Tombense, 1 x 1, e Patrocinense, 0 x 0. Ou seja: um leão contra os três da capital e um gatinho contra os concorrentes de nível semelhante.

Por isso é que qualquer avaliação de força ou fragilidade do Galo, Raposa e Coelho no estadual merece ser feita com mais cuidado. Os menores dobram os esforços em campo contra eles, já que seus jogadores sabem que a única chance de ganharem visibilidade na imprensa é contra os três. Depois, voltam à normalidade, que quase sempre é ruim.
 
Muita mentira e enganação
A imprensa faz das tripas coração para criar motivações que atraiam o público consumidor de futebol nos campeonatos estaduais, o Mineiro inclusive. Heverton Guimarães, da Band/98FM, twittou quando os jogos da 8ª rodada estavam rolando: @hevertonfutebol “Em 300 anos de campeonatos estaduais, resultados e desempenhos de grandes e pequenos ñ mudaram. Vitória com placar elástico aqui, derrota p/ time do interior acolá, jogos ruins. Depois de tanta repetição ano após ano ainda tem gente querendo algo diferente. Estaduais são isso aí.”

É claro que concordo com ele, mas sabemos que os “donos” do futebol mineiro e brasileiro não têm nenhum intere$$e em mudar, já que mesmo não sendo do ramo, são os que mais lucram com esta mesmice. As federações e CBF estão tranquilas. Nem estádios vazios pelo segundo ano consecutivo assustam a elas, já que as gordas verbas da TV e patrocínios estão mantidos. Com público ou não, o dinheiro das bilheterias é cada vez menos importante na sustentação do circo. Ou seja: o torcedor se tornou um mero detalhe, quando deveria ser exatamente o contrário. Se for ao estádio ótimo; se não for, ótimo também. Vai comprar pacote de trasmissão, vai aderir a planos de sócio-torcedor ou comprar produtos com a marca do time dele. O que importa é que o dinheiro vai continuar entrando, com Covid ou sem Covid.

Enquanto isso a TV que compra os direitos e a imprensa em geral, que precisa atrair a audiência/leitura de quem gosta de futebol, têm que  inventar fórmulas para motivar os consumidores de notícias. Aí criam manchetes e grandes reportagens sobre o “tabú” do Atlético nunca ter vencido o Pouso Alegre na história!!! Como diz o grande jornalista Rogério Perez: “Cruz credo; santo Deus”. Que notícia! E coisas assim, duvidando da inteligência da “plebe ignara”! E vida que segue, e bola que rola.
 
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Um dos leitores mais assiduos, nestes 30 anos do SETE DIAS, Júlio Joaquim Moreira, nos prestigia toda sexta-feira. De acordo com o filho Gustavo, que hoje comanda o famoso escritório que leva seu nome, um dos melhores e mais tradicionais da cidade, a primeira leitura do Júlio é esta coluna. Obrigado ao grande Júlio, à patroa Conceição e toda a família.

Ecos do Passado

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Essa é uma foto rara, publicada pelo ex-treinador Procópio Cardozo Neto no twitter dele: Fernando Vanucci (que começava a carreira em Belo Horizonte, na Rádio Inconfidência, vindo de Uberaba), entrevistando Tostão, que estava chegando ao auge da carreira, no Estádio JK, no Barro Preto, fim dos anos 1960.
Infelizmente o Vanucci, que fez grande sucesso na Globo, se foi ano passado, dia 24 de novembro, aos 69 anos de idade.

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