Mas afinal, o que é um “mochilão”?

A psicóloga e “mochileira” Elaine Loures conta em entrevista sobre suas experiências viajando só pelo mundo, com uma mochila nas costas e muita vontade de fazer a vida realmente valer a pena

05/08/22 - 09:00

Por Roberta Lanza

“Mochilão” nada mais é do que um jeito de viajar barato praticado por pessoas de várias idades e em diversas partes do mundo. Lá fora esse tipo de viagem é conhecida por “backpacking” (em inglês “backpack” significa “mochila”). 
Então quando alguém fala que vai “fazer um mochilão”, essa pessoa quer dizer que vai viajar por conta própria com uma mochila nas costas, gastando o mínimo de dinheiro possível, sem nenhum roteiro muito rígido, levando apenas coisas essenciais e úteis na bagagem. É um estilo de viagem para quem quer economizar, conhecer pessoas, lugares, culturas, paisagens e provar novos sabores sem gastar muito.
A psicóloga Elaine Loures já é considerada uma “mochileira” e realizará uma nova aventura no próximo mês de setembro. Em entrevista, ela conta detalhes sobre essa modalidade de viagem, assim como algumas de suas experiências, que estão sendo registradas em um Diário de Bordo, que será reproduzido no Sete Dias.

Como iniciou seu projeto como “mochileira”?
A viagem está no meu sangue, em meu DNA, nos poros, desde bebê até hoje, sempre sendo prioridade nos meus objetivos de vida. Meu pai é viajante, minha mãe também gostava de desfrutar de novas cidades (ambos até hoje fazem isso), o gosto por viajar já estava nas minhas veias.   
No ano de 1995, posso dizer que foi a minha primeira viagem sozinha, sem pai nem mãe ou conhecidos, ou para a casa de algum familiar, como já acontecia desde os meus 14 anos. Mas essa viagem em 1995, foi um divisor de águas. O motivo? Uma desilusão amorosa. Dali para frente nunca mais parei. A primeira cidade que viajei sozinha foi pra Ouro Preto/MG, dois meses depois Porto Seguro/BA, e aí então foram várias outras para as regiões Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do nosso Brasil. E assim fui descobrindo a diferença de viajar sozinha, em família, grupo ou em par romântico.

Com o passar dos anos e novas experiências durante as suas viagens, o que elas se tornaram para você?
Minhas andanças mundo afora se tornaram a minha válvula de escape, minha reconexão comigo, o achar de mim mesma. E com o tempo fui percebendo mais do que viagens de conhecer novas culturas, pessoas, modos de ser, identidades, lugares diferentes. O que sobressaía era meu autoconhecimento e como as pessoas viam essas viagens, principalmente porque era uma mulher viajando sozinha pelo mundo. 
Coragem, empoderamento e protagonismo feminino o que mais ouvia das pessoas quanto às minhas viagens e histórias nelas vividas. Eu chamo de “fazer a vida valer a pena!”.


Como surgiu a ideia de fazer um Diário de Bordo registrando as suas experiências, e qual o objetivo?
A ideia de escrever esse Diário de Bordo seria, a princípio, escrever sobre meu próximo “mochilão”, que será realizado em setembro deste ano. 
A ideia é falar sobre curiosidades, a viagem em si, países e cidades percorridos. Mas de um pensamento inicial foram construídas muitas outras ideias e vários capítulos foram nascendo.
Com esse Diário de Bordo, a partir de hoje, quero compartilhar com vocês, minhas peripécias de histórias de mochileira! Isso mesmo! Mochileira! Eu, Deus, uma mochila nas costas e muita vontade no coração e na alma. Contar todas as minhas descobertas, reflexões, aprendizados e ensinamentos que tive nestes mais de 36 anos de viajante sozinha. 
Na minha conta: não tenho ideia de quantas cidades pelo Brasil. Pelo mundo já 10 países até ao próximo “mochilão” em setembro, depois, mais seis. Um já fui em 2019 (França, Portugal e Espanha).
Cada edição será uma história para um lugar diferente. Cada história será uma vivência de vida. A começar na próxima com um resumão de como foram os anos dos meus 13, 14 anos, até 1995 (com 23 anos). Essa viagem dos 13 anos à Foz do Iguaçu virou minha cabeça, literalmente! Aguardem a próxima edição. 

O “mochilão” de setembro será especial, batizado como “Mochilão 50ntão”. Como será e quais as expectativas?
Esse será um mochilão dos sonhos: sozinha, dei o nome de Mochilão 50ntão. Isso mesmo, 50 anos cravados em janeiro deste ano, e esse será o meu presente de aniversário, planejado desde janeiro de 2021. Roteiro: Europa, sendo 7 países e mais de 15 cidades durante 30 dias. 
Portanto, me aguardem! Daqui a 15 dias tem mais edição, e os primeiros passos dessa história de vida de viajante para um lugar bem longe, que nunca tinha ido antes, com direito de todas as fotos serem perdidas pela máquina de fotografar aberta por uma prima! 
Quem sabe com os meus relatos os leitores (as) se motivam a viajarem sozinhos (as)? 
Quero encorajar mulheres a viajar, a ganhar seu espaço, seu mundo. Quando queremos, podemos!
Bjins no coração, e até lá!

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Elaine Loures - Psicóloga-Mochileira
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Contato: (31) 99130-2791 

 

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