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Dez minutos com o locutor Amilton Lopes

22/01/21 - 07:16

Por

Juninho Sinonô

Por um bom tempo, o jovem radialista Amilton Lopes queria a chance de entrar de vez nas rádios. O que ele não esperava era que a sua oportunidade seria substituir justamente Guará, o mais popular e querido locutor da região, após seu precoce falecimento. Passados alguns anos, Amilton se consolidou nos horários do seu antecessor, mas com a própria identidade. Hoje ele agrada tanto o público do antigo locutor, como os que conquistou nesses últimos anos.

Quem é o Amilton Lopes? Natural de Curvelo. Vim para Sete Lagoas aos 09 anos de idade e trabalho na Rádio Musirama, 92,1 FM, que é uma honra para mim.

Como foi parar na rádio? Na verdade, eu comecei na rádio a convite. Eu não fazia e nem imaginava trabalhar em rádio. Aí de repente, meu padrasto, que trabalha em rádio na época, quando eu ainda era muito novo, falou “Amilton, vão para rádio ficar comigo lá. Você está andando muito, passeando”... sabe como é né, coisa de jovem. Aí eu fui para rádio com ele e comecei a acompanhar. Ficava sapeando o dia inteiro na rádio. Comecei a gostar daquilo. Me colocaram como operador de áudio na época, quebrava um galho aqui e ali, operando a mesa, tocando discos... aí foi e virou paixão. Eu amo o rádio!

Quanto tempo de rádio já? Comecei em 1993, há 28 anos.

Você teve uma passagem com João Carlos, um grande nome do jornalismo local. Passei com Joao Carlos. Trabalhei com ele muitos anos, como operador de áudio. Na época foi ele quem me deu a oportunidade, que era na nossa querida Rádio Eldorado. Ele mandava eu falar as horas de vez enquanto. Tocava só música no final de semana. Aí eu comecei a ligar o microfone, gaguejando, errando tudo, falava a hora errada, tremendo demais, mas indo aos pouquinhos. Fui deslanchando aos pouquinhos.

Foi o João Carlos quem te lançou e abriu o microfone para você? Foi! João Carlos Oliveira quem me lançou e me colocou nesse ramo gostoso, que eu adoro fazer.
A sua história passou diretamente com João Carlos e indiretamente com o Guará, que eu acho serem os maiores nomes do microfone da nossa região.

Como é hoje ocupar o horário que era do Guará? Falar com você... o negócio não foi fácil. Até hoje, quando eu estou trabalhando e lembro que o programa era do Guará, me dá aquele calafrio, aquele friozinho na barriga. Até hoje, é impressionante. 

Qual é o seu olhar sobre o trabalho do Guará?  Falar do Guará é uma coisa até difícil. Guará era um mestre. Guará era um ícone da comunicação sertaneja. Só de lembrar do Guará, dá até emoção na gente. Ele era maravilhoso.

Como foi ocupar o lugar dele pela primeira vez, após sua morte? Como foi entrar no horário do Guará? Eu fazia na Rádio Cultura AM um programa de 6 as 11 da manhã.  Passaram vários anos e o Guará infelizmente morreu. Na época colocaram outro locutor, o nosso amigo Maisena. Só que chegou o período eleitoral e ele não poderia continuar, porque iria mexer com política, trabalhar com política. Aí me colocaram, me fizeram o convite, eu fui e estou até hoje. Mas é muita emoção. É muito bom!


Você tentou copiar o Guará? Não existe cópia. Não existe copiar. Cada um tem a sua identidade. O Juninho Sinonô é o Juninho Sinonô, Zé é Zé, Maria é Maria. Não existe, não pode. A pessoa que vive de cópia não tem identidade. E se não tem identidade então não adianta. 

Talvez tenha sido esse o segredo para ter dado tão certo? Era isso. Até mesmo porque copiar o Guará, digamos que era impossível. Como copiar um homem daquele? Uma fera daquela? É difícil. E se a pessoa tentar copiar ele, com certeza vai se dar mal.

TUDO ISSO EM DEZ MINUTOS E NEM UM SEGUNDO A MAIS! 

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