Emílio Vasconcelos é pré-candidato a prefeito de Sete Lagoas.

16/04/20 - 12:00

Emílio -
Emílio - "Conheço o mais importante, que é como nossa gente vive nos bairros e as situações que enfrentam"

Animado, vai para sua quarta disputa pelo Executivo. Segundo ele, seu grupo político é formado por idealistas que querem uma cidade melhor e diferente. “São cidadãos que acreditam que o projeto que encabeço, e os propósitos que tenho, conseguirá mudar nossa história para melhor. É mesclado por pessoas que seguem esse projeto desde 2008, fieis e coerentes, mas que vem engrandecendo e agregando novas pessoas que, se antes não participavam da politica, agora sentem a necessidade por verem que não dá mais. Não é um grupo politico, é uma equipe”, afirma. Confira a entrevista:

 

É a quarta eleição que você concorre a prefeito de Sete Lagoas. O que o motiva e por que não desistiu do Executivo?
O que me motiva e sempre motivou é saber que as coisas podem ser melhores do que são em nossa cidade. Pelo aprendizado que tive acompanhando meus pais e pelo conhecimento ao visitar muitas outras cidades, Estados e Países, vem em mim até uma indignação ao ver essa deterioração física e institucional pela qual atravessa nossa cidade. Sei que posso mudar isso com uma boa equipe. Não há meio mais rápido e efetivo para promover as mudanças necessárias do que no Executivo.

 

Muitos questionam o motivo de não concorrer ao Legislativo antes de pleitear a Prefeitura de Sete Lagoas e até mesmo a Assembleia de MG. Por quê?
Primeiro, ao contrário dos que me criticam por não abrir mão de ser candidato a Prefeito, sempre fui desprendido na hora de definir candidatos a Deputado. Sempre busquei alguma união que desse à cidade representante na Assembleia e na Câmara Federal, como já tivemos. Por outro lado, vejo que os resultados para nossa gente eu alcançarei mais e maiores na Prefeitura.

 

O que o credencia a ser prefeito de Sete Lagoas?
Hoje posso afirmar que ninguém conhece essa cidade mais do que eu. Conheço cada bairro, cada rua. Conheço o mais importante, que é como nossa gente vive nos bairros e as situações que enfrentam. Sei de nossos problemas e sei também de nossas potencialidades. Preparei para ser um bom Prefeito. Tenho mente aberta para receber contribuições e uma equipe muito boa que me acompanha. Está na hora de colocar em prática.

 

Qual a experiência do pré-candidato Emilio em gestão pública?
Entre 1989 e 1992 meu trabalho trouxe frutos para Sete Lagoas quando secretário municipal, como o Projeto de Urbanização da Gruta Rei do Mato e verbas substanciais para a reforma da Lagoa Paulino e construção da sede dos congadeiros. Destaco também o Contorno Ferroviário, executado em 14 meses, a Av. Sanitária Divino Padrão, o Parque Náutico Prefeito Sérgio Emílio na Boa Vista, construído em menos de seis meses, o Plano Diretor, e mudanças significativas no trânsito, fora o recorde de 1.750.000 m2 de pavimentação de qualidade.  Tenho experiência no planejamento e na execução das maiores e importantes obras até hoje realizadas na cidade. Experiência no funcionamento da máquina pública, como por exemplo, a criação e implantação do primeiro Plano de Cargos e Salários da prefeitura, a Lei de Uso e Ocupação do Solo, a coordenação financeira de todas as demais secretarias. E o mais importante: conheço a cidade, como nossa gente vive, suas demandas e necessidades.

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Com o pai, o saudoso Sérgio Emílio, que foi prefeito  de Sete Lagoas e é o seu principal inspirador na política

 

A figura do seu pai, o saudoso ex-prefeito Sérgio Emilio, o quanto “ajuda” e “atrapalha” na sua carreira política, já que é difícil não relacionar o filho e pai, sobretudo por você ter integrado o primeiro escalão do mesmo quando era prefeito?
Só posso dizer que me ajuda, embora alguns críticos digam que não tenho história própria e me escoro nele. Papai foi um político que amava essa terra e nossa gente. Tinha como característica maior sua humildade. A convivência com as pessoas que procuro seguir. Foi um grande realizador e ao mesmo tempo um pacificador. Em seus dois períodos como Prefeito a cidade vivia em paz, com uma política limpa e ética. Desnecessário falar de honestidade. Isso ele também me ensinou ser algo indissociável do homem e mulher que são corretos. Tenho gosto e satisfação de em minhas andanças pela cidade ouvir os mais velhos lembrando com carinho e com saudade do tempo dele e do trabalho que realizou. E os mais novos dizerem que sempre tem alguém na família que se lembra dele - como uma boa referência de prefeito, político e gente.

 

Você se sentiu frustrado por, nos acréscimos, a eleição extemporânea não ter sido realizada e o desgastante processo que moveu contra a chapa Leone Maciel/Duílio de Castro sofrer derrota em Brasília?
Muito frustrado. Foi uma luta longa por justiça. Para mostrar que eleições não podem ser ganhas com o jogo sujo e rasteiro que fizeram contra mim. Para desagravar minha honra atingida. Frustração ainda maior foi ver cancelada uma eleição que todas as pesquisas mostravam que nos seria vitoriosa. Por estar preparado para assumir o comando da cidade em sua pior e maior crise, mas confiante que daríamos conta de começar as mudanças profundas e corajosas, e tudo isso ruir faltando quatro dias para a vitória. Foi um baque até pessoal. Mas vida que segue. Para mim e para os que acreditam em nossos propósitos, a mudança só foi adiada.

 

Como avalia a atual administração municipal?
Reconheço que o momento é muito difícil e vejo uma dedicação e esforço maior agora no Duílio do que via no Leone. Vejo suas dificuldades políticas em não alcançar a necessária união política nesse momento de crise. Mas vejo também que as mudanças urgentes, na forma de se administrar e fazer política, não acontecem. Os agentes, prefeito e deputado que nos representam são os mestres recentes dessa prática que privilegia o grupo e os interesses políticos em detrimento dos interesses da cidade e nossa gente.

 

E o poder Legislativo?
Temos boas pessoas lá, mas o conjunto da obra não agrada a população. O principal é de que lá existe o mesmo grau de execução da má política, a que vira um jogo de interesses que visam o fortalecimento e a sobrevivência política. Na essência é isso que queremos mudar, a forma de se relacionar entre o Executivo e Legislativo. Não em cima de cargos e indicações - como é hoje - mas entendendo que os vereadores são sim representantes do povo que os elegeu e, atendê-los em cima das demandas desse povo que representam. Saber ouvir e receber os bons projetos e dar paternidade a quem os apresentou, bem como as pressões legítimas que eles também representam.
 

Já tem um pré-candidato a vice? 
Ainda não temos um ou uma vice. Temos o perfil que buscamos: alguém nova na politica, mas com experiência de vida e gestão, de preferência com história de participação social, cultural e humana na cidade. De minha vontade é hora de ter uma mulher com esse perfil. 

Gosto da ideia de ter a garra e sensibilidade feminina ao meu lado para enfrentar os imensos desafios que humildemente iremos pedir ao povo que nos dê a responsabilidade de enfrentá-los. 

 

Quais os principais desafios a serem enfrentados pelo próximo prefeito? Quais suas três principais bandeiras? Digo e repito, se não consertarmos a prefeitura, a maquina pública, não iremos conseguir consertar e resgatar a cidade. Então essa é a primeira meta. Construir e implantar uma nova estrutura administrativa. Novas funções, novas qualificações, novos processos, novos cargos. Mais enxuta e eficiente. Assim vamos valorizar e incentivar o mais importante que é o capital humano, o bom e experiente servidor público, mas sem os vícios e perseguições. Temos estudo que só no enxugamento dos cargos de confiança, muitos de indicação política, conseguiremos uma economia superior a R$ 60 milhões no mandato. A outra é ambiciosa, refazer com qualidade e durabilidade a pavimentação da cidade. Ir além, mudar o desenho urbanístico da cidade. “Bairro Pronto”, 'Centro Novo”, “Contorno do Boa Vista” ligando o trecho sul da Norte/Sul pelo Vapabuçu até o seu trecho norte no Nossa Senhora das Graças, beneficiando essas regiões e desafogando o centro; “Via Noroeste” da Praça Alexandre Lanza até o bairro Planalto e muito mais. Tão importante quanto, é a bandeira da saúde. Resolver o gargalo da falta da consulta e de exames. Completando as equipes nos bairros e dotando a cidade de seu grande “Centro de Especialidades Médicas” para cuidar da saúde e evitar que a doença se instale, levando a internação e a sobrecarga dos hospitais. Lógico, ter em mente e como preocupação diária a conclusão do Hospital Regional, mas sem falsas promessas e demagogia como vem sendo até hoje.

 

Espera uma eleição mais propositiva ou o processo eleitoral tende a ser mais agressivo?
No que depender de mim, minha equipe e dos candidatos a vereadores que nos acompanham será sempre propositiva, como sempre fomos. Infelizmente não espero o mesmo de meus adversários. Serão em grande parte os de sempre que, pouco propositivos, só sabem fazer a politica velha e suja.

 

Como foi a formação de chapas para vereador, visto que muitos partidos estão com dificuldades em lançar o número regulamentar de candidatos?
Estamos muito satisfeitos com o que aconteceu até espontaneamente, somado ao grande trabalho desenvolvido por nosso time. Atingimos com folga a meta de montarmos duas chapas completas. O melhor é a qualidade de nossas pré-candidatas e pré-candidatos. A maioria vem de pessoas que eu sequer conhecia até dezembro, mas de grande potencial eleitoral para vencer as eleições e grande potencial de trabalho para mudar também o Legislativo. A esses novos, agregamos a boa experiência com uns que já disputaram eleições, dois ex-vereadores dos bons, Paulinho Lambe Lambe e Betinho Pontes, e um atual vereador, também dos bons, o Gonzaga, sempre coerente e que me apoiou em todas as eleições que participei.

 

No campo ideológico, você se considera do centro, esquerda, direita, centro-esquerda ou centro-direita?

Não será esquerda nem direita que irá tampar nossos buracos e colocar médicos nos postos de saúde. Mas tenho minhas posições claras e transparentes. Apesar de ser a favor de muitas teses - digamos - de direita na economia e princípios administrativos como a boa gestão, eficiência e o não aparelhamento da máquina pública, tenho também uma visão mais a esquerda da necessidade olharmos com atenção os mais necessitados e carentes que precisam de uma ação mais efetiva da administração pública.

 

QUEM É?
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Empresário e casado com Marina Schaun, o pré-candidato a prefeito Emilio Vasconcelos é pai de quatro filhos: Pedro, Tomaz, Isabela e Mariana. Na vida pública foi Oficial de Gabinete no governo Tancredo Neves e Assessor Especial no governo Hélio Garcia. Foi secretário municipal por seis vezes: Planejamento, Obras, Transportes e Agricultura na administração de seu pai, Sérgio Emílio, e de Assuntos Especiais e Governo na administração do ex-prefeito Mucio Reis. Na iniciativa privada foi diretor de várias empresas, com passagens pela diretoria do Hospital Nossa Senhora das Graças e na ONU, como consultor da FAO/ONU.

 

 

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