Nem um, nem outro!

13/03/21 - 08:25

As manchetes de dois importantes jornais, Folha de S. Paulo e O Tempo, que ilustram este editorial, mostram a triste realidade brasileira. Não fosse o mergulho profundo na corrupção do governo Lula, não estaríamos passando por essa vergonha que é o governo Bolsonaro. Não fosse o despreparo do atual presidente, o dono do PT não teria ressuscitado, como ocorreu esta semana, em redes nacionais de televisão, como se fosse o cidadão mais probo do país.

Até nas nebulosas transações financeiras dos filhos, Lula e Bolsonaro têm semelhanças. Lulinha e Flávio não são fáceis.    

São os males do regime presidencialista, que põe no comando a cada eleição um projeto de “salvador da pátria”, que raramente dá certo. É poder demais nas mãos de uma pessoa só. Tivéssemos um sistema parlamentar de governo, em caso de qualquer crise institucional o eventual chefe do executivo seria removido do cargo sem traumas e substituído rapidamente, com a nomeação de um novo primeiro-ministro ou convocação de novas eleições. O Supremo Tribunal Federal e os seus integrantes, não teriam tanto protagonismo, como ocorre no Brasil, sem chances, portanto, de aprontar tantas lambanças, como o fazem. E como fez o senhor  Edson Fachin, segunda-feira, 08, possibilitando “aulas” de Direito Constitucional, também em redes nacionais de TV, de figuras altamente suspeitas como vimos na terça-feira, 09.

E tudo indica que não teremos tão cedo as sonhadas reformas política, jurídica e administrativa, que poderiam mudar para melhor os rumos do país. Sendo assim, resta torcer que até as eleições do ano que vem surja uma ou mais opções que sejam pelo menos normais, que tenham um mínimo de bom senso para exercer o cargo de presidente com decência  e respeito.

Enquanto isso o Secretário de Saúde do Estado, Carlos Amaral, dá péssimo exemplo, ao furar a fila da vacinação, estendendo o privilégio a mais de 500 servidores administrativos da própria secretaria. Lamentável.

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