Não ouviram o Arnaldo!

Notícia de quarta-feira, às 11h55: “Grave acidente na Av. Marechal Castelo Branco envolvendo caminhões: vítimas são socorridas” (https://7diasnews.com.br/grave-acidente-na-av-marechal-castelo-branco-envolvendo-caminhoes-vitimas-sao-resgatadas/).

10/11/23 - 13:00

FOTO/CRÉDITOS:
FOTO/CRÉDITOS:

“... caminhão carregado com manilhas foi atingido por um outro caminhão carregado com asfalto. Porém, entre eles havia uma caminhonete, que foi engavetada com a colisão... Vítimas chegaram a ficar presas às ferragens e estavam sendo resgatadas pelo Corpo de Bombeiros...”, felizmente com vida.  
Há 32 anos o jornal SETE DIAS estava nascendo e em suas primeiras edições o engenheiro Arnaldo Nogueira alertava que Sete Lagoas precisava pensar, rápido, opções para suas vias de acesso, que ficariam estranguladas em breve, em vista do crescimento econômico e populacional pelo qual passava a cidade e cidades vizinhas.

Em 1995, quando o então governador Eduardo Azeredo anunciava que finalmente a tão sonhada duplicação da BR-040 entre Sete Lagoas e Belo Horizonte finalmente seria uma realidade, o hoje saudoso Arnaldo Nogueira voltou a alertar e chegou a apresentar um esboço de projeto, que previa uma nova entrada para a cidade, para motoristas que vinham da capital para cá. O novo acesso seria entre o restaurante Engenho e o Motel Miami, chegando à área urbana de Sete Lagoas pelo Córrego das Melancias, na região do Bairro Iporanga, que estava vivendo momento de muitas construções.

Por questões políticas e especulações maldosas sobre possíveis interesses comerciais, as ideias do Arnaldo foram rechaçadas e hoje tudo que ele previu está acontecendo. A Avenida Castelo Branco se tornou um problema crônico, palco de acidentes constantes, cada dia mais graves, em função do estrangulamento previsto quase 30 anos atrás.

A solução? Um novo acesso, como deveria ter sido feito naqueles idos do inicio dos anos 1990. Agora, muito mais caro, devido à valorização dos terrenos e aos novos bairros que surgiram naquela região.

Enquanto isso, são necessárias ações paliativas, competentes, com o socorro urgente de uma engenharia de tráfego especializada neste tipo de situação. Do tipo a que foi feita recentemente no anel rodoviário de Belo Horizonte. Estrangulado, palco de mortes toda semana, teve construída pela prefeitura, em 2021, uma área de escape na “descida do Betânia”, o trecho mais perigoso.

Um paliativo para poupar vidas, até que saia do papel o tão falado rodoanel, que vai contornar grande parte da região metropolitana da capital.
 

Veja Mais