As urnas falaram em todo o Brasil. Em Sete Lagoas e região o povo reelegeu quem entendeu que merecia e mudou onde achou que deveria mudar. Algumas lideranças regionais tiveram votação consagradora, como Mário Filgueiras, em Papagaios, com 86,74% dos votos e Juca Bahia, em Paraopeba, 80,15%. Em Fortuna de Minas um embate histórico, em que Cláudio de Nicote teve cinco votos a mais que João de Cota e foi eleito por 50,10% contra 49,90%. Destaque para Vitor Braga, grande apoiador de Cláudio, contra cinco ex-prefeitos, mais o atual, Patrick Diniz, que optou por não se candidatar à reeleição. Em Araçaí os eleitores buscaram de volta Márcio Kalú, importante liderança, que foi prefeito 20 anos atrás e retorna agora. O mesmo não ocorreu com outros líderes que também fizeram história em suas cidades, como Pãozinho em Prudente de Morais, Crioulo em Jequitibá e Albertinho Tameirão, em Santana de Pirapama.
Em Sete Lagoas o povo disse “sim” a Duílio de Castro, o vice que assumiu no lugar de Leone Maciel, em mais um momento tumultuado da política local, para um curto período. Agora ganhou um mandato próprio. Viva a democracia e vida que segue.
No próximo dia 24, Sete Lagoas completa 153 anos de emancipação política. Todo aniversário é momento para reflexão. A cidade continua bonita, mas pode recuperar muito do que já foi. Por meio de fotos do passado e do presente, em parceria com os fotógrafos parceiros que integram o Coletivo Interiorizar, recorremos aos arquivos dos quase 30 anos do SETE DIAS, de famílias amigas do jornal e da página do facebook, “Retalhos do Passado”, para lembrar como eram ruas, avenidas, praças e prédios dos mais emblemáticos a cidade. Muitos já não existem ou foram completamente mutilados, por opções equivocadas de gestores públicos ou pela ganância de especuladores imobiliários. Antes que as tímidas leis municipais criassem mecanismos de proteção a fachadas, casas e prédios históricos, estes gananciosos destruíram grande parte da beleza e da memória de uma Sete Lagoas cheia de glamour.
Outras imagens mostram também o quanto faz falta uma legislação que impeça tanta poluição visual, com placas e faixas de todos os tamanhos que provocam uma desordem urbana impressionante, que enfeiam e deformam o que nos resta.
