Em Sete Lagoas, caminhoneiros aderem à paralisação por redução do ICMS e valor do frete

24/02/21 - 10:26

Foto: Divulgação (Sindtanque-MG)
Foto: Divulgação (Sindtanque-MG)

Nesta quarta-feira, transportadores de combustíveis em Minas Gerais confirmaram durante entrevista na rádio Itatiaia que devem mesmo cruzar os braços e paralisar as atividades a partir de meia-noite desta quinta-feira (25). 

Transportadoras de minério, principalmente autônomos de Brumadinho, Sarzedo, Congonhas e Sete Lagoas, também estão em paralisação desde segunda-feira (22). São dois movimentos diferentes, um de paralisação pela redução do ICMS e outro pelo aumento do valor do frete.

Os profissionais reivindicam aumento do valor do frete e afirmam que estão pagando do próprio bolso os reajustes constantes no preço do combustível. A categoria está em estado de greve e planeja uma carreata para esta quinta. Eles protestam contra a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o óleo diesel em Minas que, segundo eles, é o mais alto do Brasil.

O sindicato que representa os transportadores de combustível (Sindtanque) afirma que já se reuniu com o governo do Estado, mas que a resposta para a reivindicação foi negativa e, por isso, eles decidiram paralisar. Ainda segundo o presidente do Sindtanque, Irani Gomes, a luta pela redução da alíquota existe há uma década e não avançou nada na atual gestão.

Atualmente, a alíquota da gasolina é de 31%, do etanol de 16% e do diesel de 15%. Para que haja alteração,o governo do Estado precisa enviar projeto de lei para Assembleia Legislativa para que os deputados possam aprovar.

Nos últimos meses, a cobrança dos transportadores em relação a redução vem aumentado porque a base de cálculo para cobrança das alíquotas do ICMS é o preço médio do combustível e, como ele vem subindo, todo o custo aumenta.

A Secretaria da Fazenda de Minas Gerais respondeu para a Itatiaia que o preço médio ponderado ao consumidor final é atualizado mensalmente levando em consideração os preços praticados pelos revendedores em todas as regiões do Estado. O resultado da pesquisa realizada pela Secretaria da Fazenda, de acordo com a nota, é baseado nas notas fiscais emitidas em 4.272 postos revendedores distribuídos em 828 municípios mineiros.

Portanto, de acordo com a Secretaria da Fazenda, "é importante ressaltar que as mudanças do preço dos combustíveis não são em função do ICMS, mas sim da política de preços praticada pela Petrobras".

Fonte: https://www.itatiaia.com.br/noticia/transportadores-de-combustiveis-emminas-gerais-confirmam-paralisacao-nesta-quinta

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