Por
Retrospectiva do que foi e projeções do que há por vir
por JUNINHO SINONÔ
O primeiro DEZ POR UM de 2021 é com o Dr. Lucas Brito, renomado jurista que foi Procurador Geral do município e conosco faz a retrospectiva de 2020, com os principais fatos políticos e sociais, trazendo a sua opinião do que passou e traçando a visão futurística do que pode acontecer daqui para frente. Bem-vindos ao novo ano!Lucas, você saiu da vida política? Não Juninho. Na verdade, eu estou dando um tempo com relação a questão da vida política. Eu precisava focar um pouco mais no meu lado pessoal e profissional. Por causa desses motivos, eu dei uma pequena afastada, principalmente da parte de coordenação política, que eu tinha uma atuação um pouco maior, mas não é uma decisão definitiva.
O que deu de errado com o governo Leone? Eu não diria que deu de errado. Eu acho que teve uma série de acontecimentos que vieram ao longo do tempo, principalmente acontecimentos de cunho político, que dizem respeito aquele processo que estava em curso, que buscavam a cassação da chapa Leone e Duílio e a questão de atraso dos repasses por parte do estado de Minas, quando o governador ainda era o Fernando Pimentel. Fatos que acabaram desestabilizando o caixa do município e por consequência desestabilizando o governo.
Onde o Duílio acertou? Eu vejo que ele acertou a partir do momento que ele encarou a situação em que a prefeitura se encontrava, com déficit financeiro muito grande. Aquele primeiro enxugamento da máquina, vamos dizer assim, que ele fez, foi uma decisão impopular, mas necessária. A folha municipal consome uma quantidade muito grande dos recursos. A gente sabe da importância do funcionalismo público, e muitas vezes da não valorização, mas hoje em Sete Lagoas tem determinadas situações que fazem com que a folha fique muito elevada. E isso de certa forma, prejudica a possibilidade de investimentos em outras áreas. Então eu acho que ele acertou muito na economia que ele conseguiu fazer com aquele enxugamento da máquina. Além disso, a busca de novos recursos e a tentativa de recuperação de recursos perdidos. Eu acho que todos esses passos foram fundamentais para que ele conseguisse o desenvolvimento nesse tempo de governo.
O que esperar da relação Deputado Douglas Melo e Prefeito Duílio de Castro a partir de primeiro de janeiro? É uma situação que eu acho que somente quem pode dizer o que esperar dessa relação são os dois. Mas eu vejo que seria prudente da parte dos dois e de maior interesse para Sete Lagoas, que passado esse momento de disputa política, fosse colocado em primeiro plano os interesses da cidade. E a partir daí a gente tem que ter a consciência de que cada um atuando dentro da sua esfera, buscando aquilo que pode fazer em prol de Sete Lagoas, quem saí ganhando é a cidade. E por consequência, eles também saem ganhando com o eleitorado que os elegeu, fazendo a função para que eles foram efetivamente eleitos.
Nós temos o risco de voltamos a não ter nenhum representante tanto no legislativo estadual quanto no federal daqui há dois anos? Risco sempre existe, mas eu penso que se houver um pouco mais de consciência das lideranças políticas, e um pouco mais de união, nós temos uma cidade com mais de 260.000 habitantes e mais de 160.000 eleitores... então nós temos condição, tranquilamente se houver um planejamento político, uma formação de um grupo coeso que venha a olhar os interesses da cidade, de eleger pelo menos dois deputados estaduais e um federal. É aquela questão: vai depender de como as coisas serão conduzidas de agora para frente.
TUDO ISSO EM DEZ MINUTOS E NEM UM SEGUNDO A MAIS!
