Coluna Espírita

COLUNA ESPÍRITA

24/07/22 - 07:00

Aloísio Vander
Aloísio Vander

Por Aloísio Vander

Do outro lado da vida

De acordo com “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, o mundo espiritual preexiste e sobrevive a tudo, assim como o Espírito preexiste e sobrevive ao corpo físico. E tudo o que existe no mundo físico é cópia grosseira do mundo espiritual.
    Ao contrário do que nos quiseram fazer acreditar, e acreditamos por muito tempo, céu e inferno foram instrumentos míticos criados com o intuito de nos dominar pelo terror.
    O Espiritismo esclarece que o mundo espiritual está em torno de nós, em toda parte e em esferas concêntricas em torno da Terra, e no Espaço sem fim.
Céu e inferno são estados íntimos de paz ou de tormento na consciência. Em qualquer parte, os Espíritos bons se encontram no céu, pela paz decorrente do dever bem cumprido na Terra e pelos trabalhos no bem que continuam a realizar. Os maus, por sua vez, não conseguindo, após a desencarnação, se desfazer do fardo da culpa e do remorso, onde quer que se encontrem, são presas de tormentos, engendrados pela própria consciência, até que, sinceramente, renovem suas disposições para o bem.
    O homem, ao desencarnar, não sofre qualquer alteração substancial em seu caráter. Ele continua o mesmo e busca, automaticamente, seus pares, tal como o fazia quando na Terra. E muitos deles não permanecem no Espaço, voltam aos antigos locais, na crosta, onde se apegaram e satisfizeram seus vícios ou cometeram algum crime, permanecendo nos mesmos erros e induzindo os encarnados a agirem do mesmo modo.

Por isso, torna-se fundamental a vigilância contra essas influências ocultas, a “nuvem de testemunhas”, no dizer do Apóstolo Paulo, bem como o preparo pessoal, através de uma conduta reta, para que não venhamos a cair nessas mesmas dificuldades, quando a morte nos conduzir ao plano extrafísico.
    Ninguém, depois da desencarnação, gozará de um descanso a que não tenha feito jus. A esse propósito afirmou o Cristo: “O Reino do Senhor não vem com aparências externas.”
    Do outro lado da vida, tesouros inimagináveis de bênçãos nos aguardam. Porém, para entrarmos na posse deles, nas alturas em que se encontram, se faz imperativo que desenvolvamos as asas da Sabedoria e do Amor, sem as quais não lograremos alçar vôo, a fim de alcançá-los.

Aloísio Vander