Coluna Espírita

Ansiedade

04/04/21 - 08:06

Por Aloísio Vander

Aloísio Vander

“Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas? Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles.”

É suficiente observarmos a Natureza e seu funcionamento harmonioso para concluirmos, com Jesus, que Deus a tudo provê com prodigalidade. Nada lhe escapa ao olhar atento e paternal. Sua solicitude não tem limites.

Por que a muitos homens, então, falta o necessário?

Para que o entendimento nos alcance, é necessário compreendermos como as Leis Divinas operam, principalmente a Lei de Causa e Efeito e a Lei dos Renascimentos. É através delas que a Justiça e a Bondade divina se manifestam com nitidez aos nossos olhos.

 A Lei de Causa e Efeito é aquela que nos devolve tudo aquilo quanto damos à Vida, e a Lei dos Renascimentos ou Reencarnação é aquela que nos faculta a ocasião de receber tudo o que doamos à Vida. Entenda o leitor que estamos restringindo nossa análise dessas leis ao ângulo em tela.

Quando Jesus nos recomenda: “Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir”, não está ele afirmando que nós devamos cruzar os braços e esperar que as coisas caiam do céu. Caso contrário, estaria ele em contradição por ter dito alhures: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.” [João, 5:17] 

Excetuando-se aqueles que pediram existências de privações, os demais homens que amargam tal existência, recolhem da vida aquilo que a ela deram em passado recente ou remoto.

Aloísio Vander