Os últimos 30 anos em 154 de evolução, atrasos e estagnações

19/11/21 - 11:55

Dizem os livros de história que, por volta de 1667, os primeiros europeus começaram invadir as terras da nossa região, ocupando o território até então pertencente aos índios que aqui habitavam. Eram os bandeirantes, da Bandeira de Fernão Dias Pais Leme, o “Caçador de Esmeraldas”. Duzentos anos depois, mais precisamente em 24 de novembro de 1867, a Lei Provincial n.° 1.395 criou o Município de Sete Lagoas, desmembrado do de Santa Luzia do Rio das Velhas, a atual Santa Luzia. De lá para cá são 154 anos e destes, o jornal SETE DIAS está presente em 30, testemunhando a história do dia a dia da comunidade, local e regional.

Para esta edição especial de aniversário publicamos o depoimento de cidadãos e cidadãs das mais diversas áreas do cotidiano da cidade, sobre o passado, presente e perspectivas de futuro. Vale a pena ler com atenção e refletir, pois as opiniões são ótimas (mesmo que discordemos), com a sinceridade de cada um. Os senhores e as senhoras constatarão que evoluímos em setores como a saúde, prestação de serviços na educação e a diversificação da atividade industrial, a partir da chegada da Iveco. Mas, a qualidade de vida, continua deixando a desejar, exatamente devido a fatores abordados pelas edições do SETE DIAS nestes 30 anos e mostrados nas capas do jornal, hoje, e que podem ser vistas em detalhes no portal www.setedias.com.br .

Fatores estes provocados pela absoluta falta de políticas públicas, que deveriam ser implantadas pelos poderes legislativo e executivo. Sete Lagoas já foi muito forte no esporte, em várias modalidades, já teve uma economia forte, de comércio que atraía à toda região. Tivemos um banco que chegou a ser listado entre os maiores do país (Agrimisa). Fomos apontados pela revista Exame (especializada em economia e negócios) como a sexta melhor cidade para se investir, motivo de manchete em nossa edição de 28 de novembro de 1997. Entretanto, nunca tivemos implantação de projetos públicos voltados ao incentivo de abertura de empresas, novos negócios, economia, esporte, turismo, cultura e muito menos à juventude, que se torna adulta ouvindo a surrada e frustrada frase: Sete Lagoas é uma cidade de futuro.

Faz lembrar o escritor austríaco Stefan Zweig, que morando no Brasil há pouco tempo, lançou, em 1941, o livro “Brasil, o país do futuro”, encantado com as belezas naturais e oportunidades oferecidas, já era um país onde tudo estava por se fazer. Um ano depois, suicidou-se, aos 60 anos de idade, sem ver o tal futuro nem começar. E estamos aguardando e sonhando com isso até hoje.

De toda forma, parabéns Sete Lagoas pelo aniversário, com os votos de que surjam, depressa, urgente, lideranças e governantes que saibam desenvolver as potencialidades que a cidade oferece.

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