Coluna Espírita

Chico Xavier

11/04/21 - 08:13

Por Aloísio Vander

Aloísio Vander

    Há 111 anos, no dia 2 de abril de 1910, nasceu o médium Chico Xavier. Homem simples, sem diploma da escola formal, foi ponte entre a Terra e o Céu, psicografando centenas livros de grande importância doutrinária.

    Criticado e condenado pelos opositores, acabou por se impor pela coerência e superioridade da mensagem da qual era portador.

    É importante registrar que o Chico se impôs não simplesmente pelo cunho superior de sua monolítica obra, mas pela postura cristã que norteou a sua presença no mundo.

    Os opositores de Chico e, por extensão, do Espiritismo, se aferraram à proibição que Moisés decretou contra a evocação dos mortos (Lev, 20:27), mas se esqueceram de analisar o contexto histórico em que ela foi baixada.

    Os hebreus haviam saído de 400 anos de cativeiro no Egito, onde assimilaram a necromancia para fins indignos. Moisés corretamente proibiu o povo de praticá-la, porém ele próprio conversava constantemente com Espíritos angélicos, em busca de orientação (Êx, 3:2; Lev, 1:1; Núm, 6:2; At, 7:38).

    Jesus renovou a antiga lei dada por Moisés (Mt, 5:21) em muitos pontos e, no ponto referente à proibição de evocar os mortos, o Mestre nazareno revogou-a completamente, quando conversou com Elias e com o próprio Moisés (Lc, 9:30), dois “mortos”, após a transfiguração no Monte Tabor.

    No período apostólico, o intercâmbio ostensivo com o plano espiritual superior foi determinante para a sobrevivência do Cristianismo nascente (At, 8:29; 10:19; 11:12; 11:28; 16:7; 21:4).

    Ouve também quem pretendesse que Chico fosse uma fraude, uma espécie de prestidigitador. Rematada estultícia! Que ilusionista chegaria a produzir 6 livros em apenas um mês, de qualidade irretocável, originais e versando sobre ciência, filosofia e religião?

    E se fossem esses livros frutos da própria genialidade do médium, loucura seria então sustentar que as obras pertencem a autores desencarnados. Sensacionalismo para vender mais, respondem à queima roupa os adversários. Afinal, ele é o autor mais lido em toda a América Latina! Eles estariam com a razão, não fosse um simples detalhe: Chico jamais recolheu um centavo sequer de direitos autorais; doou-os integralmente a instituições beneficentes e de divulgação da própria doutrina.

    Mas o que fez de Chico um gigante imbatível foi o preceito de Jesus que ele incorporou aos mínimos atos de sua vida: “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.”

Aloísio Vander