A Nossa História - Ilha do Milito

08/01/22 - 13:17

A partir desta edição, você vai conhecer mais sobre fatos e personagens que marcaram a história de Sete Lagoas na nova coluna, escrita por Amauri Artimos da Matta (foto), Promotor de Justiça aposentado, diretor do Grupo Mão Amiga e presidente do Coral Dom Silvério.

Amauri Artimos da Matta

É com satisfação que passo a escrever no Jornal Sete Dias, nesta coluna semanal. O título escolhido - A Nossa História - mostra aquilo que contarei sobre a cidade: um pouco do que aprendi, ao ler os livros que nos ajudam a gravar, na memória, fatos e seus personagens. 

Quando aqui cheguei, em abril de 1991, recordo-me, como se hoje fosse, da beleza de Sete Lagoas. Além de suas paisagens naturais, chamavam-me a atenção os jardins bem cuidados. Foi assim que conheci a Lagoa Paulino, bela… e  toda florida. Não diferente, a Ilha do Milito (foto), que foi construída para ser um dos pontos turísticos da cidade. Em 1945. A obra surgiu quando a lagoa foi desassoreada, com a retirada da terra ali acumulada. Como sabemos, em dias de chuva forte, grande é a quantidade de água que desce da Serra de Santa Helena. A propósito, Joaquim Dias Drummond, no livro “O Passado Compassado de Sete Lagoas”, de 1968, conta que, em duas oportunidades -1883 e 1889 - a Câmara Municipal discutiu o assunto, para tentar livrar a Lagoa Paulino de tal problema. Faz tempo, né?

Relembra Nhô Quim que a Ilha do Milito traz o apelido do seu idealizador, o Dr. Emílio Vasconcelos Costa, que a construiu quando era Prefeito. Consta que era uma pessoa inteligente, expansiva e alegre, vivia rodeado de amigos e admiradores e,  com o seu jeito de ser, restaurou a euforia em nossa terra. Fez jardins nas Praças Tiradentes, Olegário Maciel e Francisco Sales. Nesta última, construiu uma graciosa pérgula, sempre florida, e um pequeno lago com peixes ornamentais. Em um dos seus ângulos, viçoso “flamboyant” estendia sua ramagem farta, embalsamando os ares com o perfume da sua floração. Tudo isso formava, em conjunto, um ambiente convidativo às meditações, em que a sociedade se deixava ficar, horas a fio, reclinada em seus bancos confortáveis. 

Em resumo, o Dr. Emílio Vasconcelos Costa embelezou a cidade, com jardins e flores. Assim a encontrei, em 1991, quando Sete Lagoas era governada pelo Prefeito Sérgio Emílio Brant de Vasconcelos Costa. Feliz coincidência de nossa história. O filho, continuando a obra do pai. Coisa rara nos dias de hoje. 

Amauri Artimos da Matta é Promotor de Justiça aposentado, diretor do Grupo Mão Amiga e presidente do Coral Dom Silvério

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